Mattias Skjelmose protagonizou a maior vitória da sua carreira ao superar
Tadej Pogacar e Remco Evenepoel na Amstel Gold Race, mas já virou a página. Na antevisão da Flèche Wallonne, o dinamarquês da Lidl-Trek mostrou realismo e deixou claro que, se houver alguém capaz de destronar o campeão do mundo no mítico Mur de Huy, esse alguém será...
Thibau Nys.
"Já o disse antes e vou continuar a repeti-lo: há alguém no mundo que pode vencer o Tadej no Mur de Huy, e esse alguém é o Thibau", afirmou Skjelmose ao Sporza, reforçando a sua fé no jovem talento belga da equipa. "Se ele tiver nos seus dias na quarta-feira, então ele é a carta que devemos jogar, penso eu."
A Flèche Wallonne é uma corrida de características distintas da Amstel: menos longa, mais contida taticamente e decidida quase sempre na subida final — 1,3 km a 10,3% até ao topo do Mur de Huy. À primeira vista, um perfil mais adequado a trepadores explosivos como o próprio Skjelmose. No entanto, o dinamarquês insiste que Nys está num ponto de forma capaz de surpreender os maiores nomes do pelotão.
Thibau Nys, que já mostrara qualidades como puncheur em 2023, reforçou recentemente o seu estatuto com boas exibições na Amstel e na última etapa da Volta ao País Basco. O belga continua a evoluir como um dos ciclistas mais versáteis da nova geração, e é apontado como uma verdadeira incógnita, ou arma secreta, para o Mur de Huy.
"Thibau não será o nosso único líder", sublinhou Maxime Monfort, diretor desportivo da Lidl-Trek, ao Wielerflits. "Com Mattias Skjelmose e Andrea Bagioli, temos uma equipa muito sólida. É um pouco arriscado lutar pelo pódio logo à primeira tentativa, mas com Thibau nunca se sabe. Não sei se o Mur é demasiado íngreme, mas parece-me que a subida lhe assenta muito bem."
A Lidl-Trek chega à Flèche Wallonne com um trio de luxo e confiança em alta. Resta saber se será o vencedor da Amstel, o estreante sedento de glória ou o talentoso italiano a dar resposta ao desafio mais vertical da primavera.