A saída de
Remco Evenepoel da
Soudal - Quick-Step tornou-se inevitavelmente o tema de conversa dominante no pelotão e na comunicação social. No entanto, para
Jan Bakelants, alguns comentários e interpretações já ultrapassaram os limites. O antigo profissional belga, com quase 15 anos de carreira no mais alto nível e actualmente analista da VRT, considera que se tem criado um dramatismo desnecessário em torno de um processo que, a seu ver, decorre de forma pacífica.
"Li muitos disparates sobre a transferência recentemente", começou por dizer Bakelants em direto na televisão. "Um artigo do De Standaard falava de uma transferência revolucionária para Remco Evenepoel, com um acordo tripartido que era quase diabólico."
Entre os adeptos da Soudal - Quick-Step, sobretudo, também surgiram críticas à decisão de Evenepoel de abandonar a equipa antes do fim do contrato, válido até 2026. Para Bakelants, porém, essa contestação não faz sentido. "Isto não é assim tão velho como uma colina?" ironizou.
O belga insiste que não se deve criar um caso em torno da rescisão. "Se for possível encontrar uma solução, trata-se simplesmente de uma rescisão de contrato a termo certo. Não há nada de extraordinário nisso, pois não? Não percebo a confusão." Para ele, o acordo entre a Soudal - Quick-Step e a dupla Evenepoel/Red Bull é perfeitamente normal.
Comparando com outros desportos
Bakelants recorda que situações semelhantes são recorrentes. "No ciclismo, não é comum os ciclistas saírem antes do fim dos contratos, mas se alguém ou uma terceira parte estiver disposta a pagar e a tratar de tudo de forma correta, então todos devem poder sair e entrar como quiserem. Muitas vezes, isso até é melhor para todas as partes."
No final das contas, o que importa é que todos os intervenientes tenham encontrado condições satisfatórias para as partes. "Se todos estão felizes, só há vencedores", concluiu Bakelants. Agora, resta ver como se desenrola esta transferência e qual será o próximo capítulo da carreira de Remco Evenepoel.