Soudal mantém otimismo na recuperação de Remco Evenepoel: "Podia ter sido muito pior"

Vários ossos partidos, uma clavícula deslocada e uma cirurgia de emergência estavam longe dos planos de Remco Evenepoel para o seu inverno. Infelizmente, depois de ter colidido com uma carrinha da BPost no início desta semana, essa é agora a realidade para o belga.

Apesar das lesões do líder da Soudal - Quick-Step, a sua equipa tem-se mantido otimista nos dias que se seguiram ao acidente, determinada a não deixar que este arruíne os planos para a temporada de 2025. No último episódio da RadioCorsa, Alessandro Tegner, diretor de marketing e comunicação da equipa belga, continuou a olhar para a próxima época com otimismo para o seu principal ciclista.

"Poderia ter acabado muito pior para Remco", começou por avaliar Tegner o incidente. "É claro, no entanto, que é uma paragem que tem de ser considerada e agora ele terá de recuperar com calma. Há tempo para recuperar totalmente, se era para acontecer mais valia que fosse agora do que, como aconteceu este ano, em abril".

"Durante duas semanas terá de permanecer imobilizado, o seu braço está imobilizado para recuperar da lesão na omoplata e na clavícula, depois tentaremos perceber como começar este ano de 2025", continua. "Da nossa parte, o encontro com ele é em Calpe, em janeiro, no segundo estágio da equipa, e faremos os exames necessárias. É claro que também o esperávamos aqui em dezembro: de um ponto de vista puramente de marketing, um incidente deste tipo nesta altura também se torna um problema, porque, de qualquer forma, os primeiros estágios da equipa em dezembro são os estágios onde são tiradas todas as fotografias publicitárias, gravados todos os vídeos publicitários, e ele é a estrela da equipa. Por isso, nesse aspeto, tivemos de rever um pouco o calendário também".

O descanso e a recuperação de Evenepoel são o mais importante neste momento. "O importante é que ele se recupere bem, mantenha a calma e, em janeiro, teremos muito tempo para voltar a falar sobre o assunto", explica. "Neste momento, acho que é um pouco cedo para fazer previsões."

Mas como não é a primeira grande queda de Evenepoel, o belga tem experiência em voltar ao seu melhor depois de um acidente. "Ele teve uma queda em abril no País Basco e, a partir daí, foi uma luta para tentar recuperar uma forma decente para a Volta a França. Correu o Tour, com os resultados que estão à vista de todos, e depois do Tour aguentou-se e tornou-se bicampeão olímpico", recorda Tegner. "Depois dos Jogos Olímpicos, regressou à competição na Volta à Grã-Bretanha e teve um final de época ainda a um nível elevado, ficando muito bem colocado no Campeonato do Mundo e terminando em segundo lugar atrás de um imbatível Pogacar nas estradas da Lombardia. Por isso, decidimos dar-lhe um período de descanso um pouco mais longo, para o deixar recuperar um pouco melhor. A verdade, portanto, é que ainda não foram feitos planos para 2025, pelo que tudo fica adiado para janeiro. Vamos lidar com isto com calma".

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