Stefan Küng não tem tido exatamente a melhor sorte nos Campeonatos do Mundo ao longo dos anos. O suíço terminou em 2º lugar em 2022 e em 3º em 2020, mas em 2024 o atleta de 30 anos tem como meta um bom resultado, num campeonato do mundo disputado em casa, Zurique, e com um optimismo renovado para enfrentar o desafio.
"O percurso do contrarrelógio é muito longo. Primeiro há uma secção plana, depois uma secção com algumas colinas e por fim a última parte é novamente plana", diz Küng, numa antevisão do percurso da disciplina onde é especialista, o contrarrelógio individual, em citações recolhidas pelo Cycling News. "Por isso temos de o dividir em três partes - e é um verdadeiro ITT"
Apesar de estarem presentes o atual campeão Remco Evenepoel, o ex-campeão europeu Joshua Tarling, o multi campeão mundial Filippo Ganna e o recém-coroado campeão europeu Edoardo Affini, Kung espera causar impacto e encantar o seus fãs em Zurique. "Tenho de me concentrar em mim próprio. Sei que vai haver um grupo de participantes de alto nível. Talvez faltes um ou dois homens, mas vai ser sempre assim e vai ser sempre difícil ganhar", avalia Kung.
"Sei isso desde 2022, quando venci todos os favoritos e depois fui batido pelo Tobias Foss, que ninguém tinha na lista de favoritos nesse dia", recorda o homem da Groupama - FDJ. "Sei que é preciso ir sempre a fundo até ao fim e dar o máximo do nosso esforço para nos tornarmos campeões do mundo"
Embora como já foi referido, a hipótese mais provável para obter uma vitória para Kung seja o contrarrelógio, ele também faz parte da seleção Suíça para a corrida de estrada, onde o compatriota Marc Hirschi seja talvez o candidato mais provável ao título mundial. "Já vi no passado. Fui terceiro nos Mundiais, fui quinto no ano passado, sei como se faz, sei que nas corridas longas posso sair-me bem", continua Küng. "Primeiro, concentro-me no contrarrelógio e depois há uma semana pelo meio em que me posso concentrar na corrida de estrada. Sem dúvida, a Vuelta foi a melhor preparação possível para a corrida de estrada, porque vai ser difícil, com muito acumulado, mas não vai ser uma corrida para trepadores puros, por isso foi uma preparação perfeita para esta prova."
"É uma coisa boa para nós pois temos várias cartas para podermos jogar. O Mauro Schmid também está em boa forma e juntamente com Marc, vamos ter várias opções, isso é certo. É assim que vamos jogar. Se chegarmos a um mano a mano com o Tadej Pogacar, vai ser difícil, mas vamos tentar ser oportunistas e tentar."