Tadej Pogacar alcança inadvertidamente mais um feito histórico na Volta a França de 2025!

Ciclismo
segunda-feira, 28 julho 2025 a 18:45
TadejPogacar (3)
Tadej Pogacar conquistou a sua quarta camisola amarela na Volta a França 2025 com a autoridade e classe a que já habituou o mundo do ciclismo. Mas, discretamente e sem grande alarde, o esloveno inscreveu também o seu nome numa página histórica da prova: tornou-se o primeiro ciclista de sempre a vencer três vezes a classificação geral e a classificação da montanha simultaneamente numa só edição da Volta a França.
O feito passa quase despercebido à primeira vista. Pogacar não vestiu a camisola da montanha durante muitos dias, e houve mesmo alturas em que parecia evitá-la, tal como nas etapas do Mont Ventoux e de La Plagne, onde não contestou os pontos de montanha finais. Tim Wellens, colega de equipa e especialista em fugas, chegou mesmo a disputar os pontos de montanha nos primeiros dias para retirar essa pressão do líder. No entanto, o próprio sistema de pontuação acabou por favorecer, mais uma vez, os candidatos à geral.
O melhor exemplo foi Lenny Martínez. O trepador francês da Bahrain - Victorious tentou com bravura conquistar a classificação da montanha, integrando fugas e somando pontos nas maiores subidas. Mas a distribuição de pontos, com grande ênfase nas chegadas em alto e categorias especiais, acabou por penalizar os esforços dos aventureiros e premiar quem lutava pela vitória nas etapas mais decisivas. Pogacar, ao vencer no Hautacam e somar vários segundos lugares em finais de montanha, foi somando pontos sem sequer os procurar. No final, ficou com a camisola às bolinhas sem nunca ter disputado diretamente essa classificação.
Foi a terceira vez que o esloveno conseguiu esta rara dobradinha. Fê-lo pela primeira vez em 2020, repetiu em 2021 e volta agora a consegui-lo em 2025, depois de ter falhado essa proeza em 2024. Até agora, apenas dois nomes lendários do ciclismo (Fausto Coppi e Eddy Merckx) tinham alcançado esse feito por duas vezes. Pogacar, com apenas 26 anos, ultrapassa-os e torna-se o primeiro ciclista da história do Tour a somar esta combinação em três edições.
Mais impressionante ainda é a forma como o conseguiu: com naturalidade, como consequência da sua superioridade, e sem desviar o foco da Camisola Amarela. A camisola da montanha foi, para Pogacar, um resultado do seu domínio nas montanhas e não propriamente um objetivo declarado. Ainda assim, o recorde fica: três dobradinhas em seis participações.
Este novo marco junta-se a um palmarés já deslumbrante: quatro camisolas amarelas, três classificações da montanha, múltiplas vitórias em etapas e a Camisola Arco-Íris nas costas. E com tanto ainda por conquistar, é legítimo pensar que Pogacar poderá conquistar este recorde nos próximos anos, talvez de forma inalcançável.
Se Eddy Merckx era o "Canibal", Pogacar parece estar a tornar-se o herdeiro definitivo do apetite insaciável por vitórias. E o Tour, ano após ano, continua a ser o seu palco preferido.
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