Tadej Pogacar confessa ter feito os trabalhos de casa antecipadamente: "Já tínhamos esta etapa em mente desde dezembro"

Não há como parar Tadej Pogacar na Volta a Itália. Se ainda restavam dúvidas de que ele poderia não ter estado no seu melhor durante a última semana da Corsa Rosa, elas dissiparam-se hoje, uma vez que o próprio líder da corrida atacou a etapa rainha para ganhar vários minutos aos seus rivais e vencer a etapa contra um excelente Nairo Quintana no alto de Mottolino, uma chegada em grande altitude;

"Foi uma etapa muito boa. O percurso era bom e as subidas eram adequadas para mim. A equipa esteve bem. Já tínhamos esta etapa em mente desde dezembro", disse Pogacar aos jornalistas após a etapa. "Tentámos controlar. Era um grupo forte, mas nos últimos quinze quilómetros dei tudo por tudo. Estou contente por ter conseguido vencer a etapa rainha, especialmente em Livigno, porque é um dos meus locais favoritos."

Pogacar conhecia a etapa e tinha-a em mente há meses. Assim, com um dia de descanso amanhã e com estradas onde poderia fazer a diferença, a UAE Team Emirates decidiu manter o ritmo durante todo o dia para controlar o melhor possível uma fuga de várias dezenas de ciclistas. No pelotão, um ritmo constante até ao Passo del Foscagno. Todos os seus colegas de equipa trabalharam na cabeça do pelotão ao longo de mais de 200 quilómetros, dando-lhe a oportunidade de vencer mais uma vez com a camisola rosa vestida.

"Tinha falado com os meus colegas de equipa. Tínhamos de ser inteligentes e não darmos demasiado espaço aos fugitivos", explica. Depois, a 14 quilómetros do fim, lançou o seu ataque, após Rafal Majka ter feito, mais uma vez, uma saída de classe mundial. "O Rafal Majka esteve muito bem. Depois de apanharmos um vento de costas, ataquei e esperava conseguir reduzir a diferença." Daniel Martínez tentou, mas não o conseguiu acompanhar, todos os outros adversários à CG começaram a olhar para as suas próprias ambições, enquanto o camisola rosa voava montanha acima;

Pogacar reduziu a diferença para Nairo Quintana em mais de dois minutos e ultrapassou o colombiano nos últimos dois quilómetros da subida final. O último quilómetro da subida parecia coloca-lo a ele próprio em dificuldades, mas Pogacar teve todo o tempo do mundo para festejar ao cruzar a linha de meta com os braços no ar pela quarta vez em duas semanas.

"Sempre olhei para o Georg e para o Quintana. Fico sempre zangado com o Quintana porque ele ataca demasiado tarde", brincou Pogacar quando questionado sobre os dois ciclistas que estiveram mais perto de vencer a etapa, se o esloveno não estivesse decidido a fazê-lo. "Mas hoje ele (Quintana) andou muito bem tal como o Georg Steinhauser, que também andou muito bem hoje."