Tadej Pogacar: "Não quero fazer a mesma rotina todos os anos. Se o fizesse, não duraria muito tempo neste desporto"

Ciclismo
domingo, 08 junho 2025 a 10:40
pogacar
Pela primeira vez desde o UAE Tour, em fevereiro, Tadej Pogacar faz uma corrida por etapas esta temporada, será no Critérium du Dauphiné 2025, com o líder da UAE Team Emirates - XRG a tentar dar os últimos retoques na sua preparação para a Volta a França.
"A competição aqui é fantástica - quase idêntica à do Tour e há algumas etapas difíceis, incluindo um contrarrelógio. Tenho de me lembrar que estou a sair de um longo bloco de treinos e que nos estamos a preparar para o Tour", antevê Pogacar em conferência de imprensa pré-Dauphiné. "Se alguma coisa correr mal e eu não ganhar o Dauphiné, tenho de libertar essa pressão".
Tadej Pogacar ganhou o UAE Tour, com 2 vitórias de etapa pelo meio
Tadej Pogacar ganhou o UAE Tour, com 2 vitórias de etapa pelo meio
"Sei que as atenções estão viradas para mim, mas quero desfrutar da corrida e ver como estão as minhas pernas", continua o esloveno. "Claro que vou tentar ganhar, mas o Dauphiné nem sempre é um indicador de sucesso na Volta a França. Espero que tudo corra bem - sem stress, sem pressão - e que tenhamos uma grande corrida".
Pogacar também está empenhado em reduzir as expectativas de que vai chegar e estar imediatamente na sua melhor forma. "Preciso de deixar de lado a ideia de que tenho de ganhar o Dauphiné - é a minha primeira corrida por etapas desde o UAE Tour", explica. "A mudança de calendário teve sobretudo a ver com a vontade de explorar coisas novas. Não quero fazer a mesma rotina todos os anos. Se o fizesse, não duraria muito tempo neste desporto. Por isso, alteramos um pouco o programa todos os anos - embora o Tour seja sempre a peça central, haha. As mudanças são boas, pelo menos para mim. Ajudam-me a crescer, especialmente ao ganhar experiência em diferentes tipos de corridas, a diferentes velocidades e em terrenos variados. Se só corrermos corridas por etapas, as coisas tornam-se repetitivas. As clássicas são mais estimulantes para mim".
"Toda a gente sabe que tenho treinado de forma um pouco diferente com um novo treinador nos últimos dois anos. Não estou a dizer que é melhor, mas ao fim de quatro anos estava na altura de mudar", esclarece Pogacar. "Abriu novas áreas de melhoria. Não posso comparar 2025 com 2024, uma vez que corri o Giro no ano passado. Nessa altura, tive de me concentrar mais no descanso e na recuperação, porque já tinha o peso e a condição física ideal para as grandes voltas. Este ano, depois das clássicas, fiquei um pouco para trás nesse aspeto. Mas treinei bem na Serra Nevada e o calor de lá também ajudou na adaptação ao calor", um dos aspetos que o esloveno mais tem trabalhado nos últimos anos.
No entanto, com Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel também presentes, Pogacar não é o único candidato à Volta a França a usar o Dauphiné como teste. "Pelo que vi, o Jonas está em grande forma, por isso podemos esperar que esteja ao mais alto nível. Ele teve uma primavera difícil, mas penso que vai estar muito forte. Espero que nos possamos defrontar", diz Pogacar sobre o seu principal rival. "Mas não estou apenas concentrado no Jonas - também estou a observar os outros, como o Remco. Vai ser emocionante ver na televisão e espero que seja igualmente emocionante na corrida".
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