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A Volta a Itália 2024 ainda não terminou, mas se nada de extraordinário acontecer, o vencedor da classificação geral final já é conhecido há muito tempo. Tadej Pogacar voltou a humilhar os seus rivais, deixando-os a todos para trás como se fossem de uma espécie diferente e passando Nairo Quintana como um avião quando o colombiano estava prestes a vencer a 15ª etapa.
O ciclista da UAE Team Emirates já tinha deixado claro que estava ansioso pelo Mortirolo e correspondeu às suas palavras com actos, conquistando a sua quarta vitória em etapas até agora na corrida. É o ciclista com mais vitórias numa única edição do Giro desde Filippo Ganna e Arnaud Demare em 2020. Mas isto será um pouco enganador, porque o italiano venceu os três contrarrelógios disputados ao longo dos 21 dias.
Se não contarmos com os sprinters, é o ciclista com mais etapas desde Damiano Cunego em 2004. O esloveno ainda tem a possibilidade de somar mais vitórias, embora pareça improvável, uma vez que já tem o que queria, a margem na geral é estratosférica e tem de guardar forças para outro dos seus grandes objectivos da época, a Volta a França, que começa dentro de poucas semanas.
Retiramos os sprinters, porque se os tivermos em conta, há vários que conseguiram levantar os braços pelo menos quatro vezes no mesmo Giro. Para além de Demare, podemos acrescentar Elia Viviani em 2018, Fernando Gaviria em 2017, Mark Cavendish em 2013 (5 vitórias) e Alessandro Petacchi em 2005 e 2004 (9 vitórias!).
Para Tadej, ainda há duas chegadas em alto e mais duas etapas de montanha, embora uma seja mais para os "puncheurs" ( embora ele também o seja), mas não cremos que se veja obrigado a ganhar. Outra terminará em descida, onde será um dos grandes candidatos se o pelotão apanhar a fuga, pois já provou ser um dos melhores ciclistas a descer do mundo. Mas isso ainda está longe, se ele ganhar outra etapa, falaremos sobre isso nessa altura, mas, de momento, ele soma quatro.
Como referido há algumas linhas atrás, a sua liderança na classificação geral é impressionante. Com 6:41 de vantagem sobre Geraint Thomas, podemos pensar que, nas etapas que faltam, a diferença não diminuirá. Poderá aumentar, mas é muito difícil chegar aos 9:18 que Ivan Basso deu a José Enrique Gutiérrez no Giro de 2006. Isto porque a vantagem de Pogacar sobre o britânico da INEOS Grenadiers seria a maior diferença entre o primeiro e o segundo da geral na Volta a Itália desde então.
Mas os seus números incríveis não se ficam por aqui. O pequeno príncipe recebeu a maglia rosa após a segunda etapa do Giro. Se a mantiver até ao fim, o que é provável, tê-la-á usado em 20 dos 21 dias da corrida. Este é um feito que ninguém conseguiu desde Tony Rominger em 1995, embora no seu caso tenha tido mais uma etapa, uma vez que essa edição teve 22 dias de corrida.
Dos três pontos referidos em que está a exercer o seu domínio, o número de dias com a camisola do líder parece que irá continuar a aumentar e mantê-la-á até ao fim. No entanto, como já referido, com a Volta a França na mira, parece complicado que vá disputar vitórias por mais alguma etapa, embora nunca não o devamos excluir, porque se chegar no grupo da frente será o favorito na maioria dos dias que faltam, mas as fugas que antevemos que se constituam não lhe irão facilitar a vida.
Finalmente, a diferença para o segundo classificado não parece que vá aumentar muito mais do que a de Basso há 18 anos. Poderá ganhar alguns segundos com as bonificações se terminar entre os três primeiros numa das restantes etapas, mas pouco mais. Não haverá necessidade de ele atacar à distância, como fez hoje.
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