Terá sido este o maior teste de
Tadej Pogacar na
Volta a França 2025 até ao momento? Apesar de a etapa ter sido, em termos de perfil, menos exigente do que os dias nos Pirenéus, o camisola amarela foi pela primeira vez desde que a corrida entrou verdadeiramente nas montanhas, colocado sob forte pressão por Jonas Vingegaard.
"Sabia desde o início do dia que o Vingegaard estava bem, por isso estava preparado para o que estava para vir. Fizemos o nosso trabalho, vamos para a próxima", declarou Pogacar após cruzar a meta. A UAE Team Emirates – XRG tentou antecipar o desfecho da etapa ao colocar Marc Soler e Pavel Sivakov na fuga do dia, mas ambos acabaram por não ter qualquer impacto no desenrolar da corrida.
Na ascensão final ao Mont Ventoux, Pogacar viu-se obrigado a responder a vários ataques lançados por Vingegaard nas rampas mais duras da subida. O dinamarquês beneficiou ainda do apoio dos colegas de equipa que haviam integrado a fuga, aumentando e mantendo um ritmo bastante alto. Foi uma batalha de força, sem grandes elaborações tácticas e um duelo directo entre os dois grandes favoritos à vitória final. Pogacar acabaria por fixar um novo recorde da ascensão ao Ventoux, com ambos os corredores a completarem a subida em menos de 55 minutos.
"Estou em boa forma, mas foi bastante assustador sairmos do dia de descanso e termos logo pela frente o Mont Ventoux. Mas saí-me bem. Felizmente não estava com as mesmas pernas que em 2021. Não estávamos realmente interessados em ganhar a etapa. A fuga mereceu-a", comentou o líder da geral.
Depois de resistir aos sucessivos ataques, Pogacar tentou fazer a diferença a cerca de dois quilómetros da meta. No entanto, Vingegaard respondeu de imediato e ainda teve forças para contra-atacar. "Tentei atacar uma vez, mas talvez não tenha sido a jogada mais inteligente. É preferível não nos rebentarmos, por isso segui o mais possível o Jonas", explicou o esloveno.
"Houve momentos em que estava a lutar. Foi um esforço a todo o gás até à meta. A 800 metros do fim, vi os líderes da fuga e com mais um ataque, a vitória poderia ter sido nossa." Ainda assim, com uma última aceleração, Pogacar conseguiu ganhar 2 segundos a Vingegaard na estrada.
A diferença entre os dois é agora de 4:15 minutos, à entrada do bloco alpino da corrida. "Havia muita gente asssistir à corrida na estrada. Os Alpes vão ser fantásticos, com a presença de muitos eslovenos na estrada para mim e para o Primoz. Vai ser de certeza uma corrida bastante disputada até Paris", concluiu.