"Talvez fosse sensato Vingegaard fazer Clássicas no futuro" Boogerd sugere mudanças estratégias na Visma

Ciclismo
terça-feira, 29 julho 2025 a 11:04
TadejPogacar_JonasVingegaard
Wout van Aert terminou a Volta a França de 2025 com um espetáculo digno de registo, obtendo um triunfo que acabou com a sua longa espera por uma décima vitória em etapas no Tour. Apesar disso, o grande objetivo da Team Visma | Lease a Bike - a camisola amarela - não foi alcançado, com Jonas Vingegaard a terminar em segundo atrás de um Pogacar dominante, que conquistou confortavelmente o seu quarto título na Grand Boucle.
O analista holandês Michael Boogerd, em declarações ao De Telegraaf, não escondeu a realidade: "Este última vitória não podia ser tão importante para Vingegaard nesta Volta como ele e a equipa esperavam. O facto de ele ainda ter mostrado esta resiliência é um testemunho do ciclista que é Van Aert. Ele é sempre alguém que persiste e continua a lutar."
Mesmo assim, Boogerd foi crítico quanto à capacidade da Visma em desafiar Pogacar: "No entanto a Visma foi considerada demasiada fraca para vencer esta Volta a França. Alguns momentos da corrida deviam ter sido tratados de forma diferente."
O ex-ciclista destacou a abordagem agressiva da equipa na primeira metade da corrida, incluindo a estratégia de provocar abanicos logo na etapa inaugural, que causou diferenças para Evenepoel e Roglic: "A Visma só veio para ganhar o Tour com o Vingegaard e eles estiveram totalmente comprometidos com isso desde o início. Nas primeiras etapas que tiveram um toque clássico, Vingegaard esteve sempre na frente e muito forte."
No entanto, o cenário mudou nas montanhas: "A Visma não foi tão dominante nas etapas de montanha como nos anos de 2020 a 2023. Na altura, eles controlavam esse tipo de etapas, com Vingegaard a vencer em 2022 e 2023. Agora não tiveram forças para o fazer."
Ainda assim, Boogerd reconheceu que a equipa cativou o público pelo estilo ofensivo. Para o futuro, aconselhou Vingegaard a diversificar o calendário: "Talvez fosse sensato para Vingegaard fazer mais corridas de um dia no futuro, em vez de se concentrar apenas no Tour. Nas clássicas há uma forma diferente de correr e experimenta-se o que é fazer finais difíceis, o que também dá aos ciclistas uma certa resistência. Vê-se que Pogacar beneficia muito em fazer as Clássicas."
O analista também sugeriu repensar a liderança no carro da equipa e manter abertura para ajustes estratégicos: "É preciso manter todas as opções em aberto e mudar de 'táctica' se algo não estiver a funcionar."
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