"Tem sido uma viagem longa" Groenewegen explica a sua transferência para a Unibet Tietema

O mercado de transferências continua a agitar o pelotão, mas poucas mudanças causaram tanto impacto como a anunciada por Dylan Groenewegen. O sprinter neerlandês, de 32 anos e com seis vitórias na Volta a França no currículo, deixa a Team Jayco AlUla para se juntar à jovem Unibet Tietema Rockets, equipa fundada em 2023. Trata-se da contratação mais sonante da curta história da formação, registada agora em França, e um claro sinal de ambição para o futuro.

A decisão apanhou muitos de surpresa, mas o próprio Groenewegen explicou que precisava de um novo rumo:

“Pode ser um pouco surpreendente para o mundo exterior, mas estou muito feliz com isso. Chegámos a uma solução que me agrada e estou muito motivado. Entro num novo ambiente, cheio de ambição, e eu continuo a ter essa mesma ambição”, disse ao In De Leiderstrui.

Para o neerlandês, a chave está na filosofia da equipa. “A abordagem da Unibet Tietema Rockets é muito refrescante. Ganhar é sempre importante, mas eles oferecem algo mais. Fazem as coisas de forma diferente da maioria das equipas, e esse ar fresco foi decisivo para mim.”

Groenewegen destacou ainda a evolução da equipa desde a fundação. “Fizeram grandes progressos este ano. O exemplo do Lukas Kubis mostra a qualidade do treino. É verdade que ainda precisam de crescer em profundidade, mas nota-se que estão a trabalhar nesse sentido. Há muitas coisas boas a caminho.”

Do outro lado, Bas Tietema, fundador da equipa, sublinhou que a chegada do sprinter vai muito além de um nome de referência:

“Não queríamos apenas assinar um nome de peso. O Dylan percebeu a nossa visão e quis fazer parte do projecto. A sua fome de vencer, combinada com a crença naquilo que construímos, faz dele o homem certo no lugar certo.”

A contratação de Groenewegen é vista como um passo estratégico para consolidar a equipa no pelotão internacional. Para os Rockets, representa a capacidade de atrair ciclistas de topo, mas também a ambição de competir de igual para igual com formações de maior tradição. Para Groenewegen, pode ser a oportunidade de revitalizar a carreira num contexto novo, onde a experiência e o talento de um sprinter consagrado se cruzam com a irreverência de uma equipa em crescimento.