Thomas De Gendt venceu por duas vezes em etapas da Volta a França e após 16 anos no pelotão deciciu que era hora de pendurar a bicicleta. A sua última grande volta foi a Volta a Espanha em setembro, a corrida que o belga venceu a classificação da montanha em 2018.
Em declarações à revista Bahamontes sobre o tempo que passou a correr na Vuelta, De Gendt revelou algumas curiosidades sobre outros ciclistas do pelotão. Depois da décima etapa, que foi ganha pelo seu compatriota Wout van Aert, De Gendt disse à Bahamontes: "Tive de trabalhar desde o início da etapa, tal como a maioria dos meus colegas de equipa, incluindo o Lennert Van Eetvelt. Tivemos de trabalhar muito para anular a fuga".
"Só o conseguimos fazer ao fim de oitenta quilómetros e depois tivemos de manter o ritmo alto para manter o Lennert lá. Felizmente, conseguimos limitar as perdas do nosso líder."
Depois de Van Eetvelt ter adoecido, De Gendt revelou que o ciclista da Lotto Dstny tentou algumas técnicas únicas para recuperar, antes de acabar por ter de abandonar a corrida: "No hotel o nosso chefe de cozinha disse-me que tinha lido que segundo a medicina chinesa, as substâncias que uma cebola liberta podem acalmar as infecções e as inflamações."
"O local mais eficiente para colocar essas substâncias na corrente sanguínea seria a sola dos pés."
"Victor Campenaerts, Lennert e três outros colegas de equipa foram buscar cebolas, cortaram-nas em pedaços e ataram-nas à volta dos pés com película aderente. Puseram as meias por cima e adormeceram".
Num desporto onde as revoluções científicas estão constantemente a mudar a forma como os ciclistas treinam, correm e recuperam, não é esta a forma que a maioria dos fãs consiga imaginar ver os ciclistas profissionais usarem no processo de recuperação entre etapas.