Thymen Arensman esteve a escassos metros de conquistar a sua primeira vitória numa etapa da
Volta a França, esta segunda-feira, ao terminar no segundo lugar no final da 10ª etapa, disputada no Maciço Central. O ciclista neerlandês da
INEOS Grenadiers ficou apenas atrás de
Simon Yates, após um dia em que brilhou na frente da corrida e mostrou que a sua forma está a crescer.
"Foi por pouco", confessou Arensman com um sorriso cansado, já no autocarro da equipa, descrevendo o dia como um dos mais exigentes e promissores, desde o arranque da prova.
O ciclista de 25 anos esteve entre os protagonistas da fuga e assumiu um papel ativo desde cedo, ajudando a controlar o grupo da frente e a impor um ritmo elevado. "Penso que os telespectadores tiveram um grande dia. Eu fiz 99% bem. Foi bom estar no grupo da frente e tentei controlar tudo o melhor que pude. A meio do percurso pus o pé no acelerador para reduzir consideravelmente o grupo da frente".
No entanto, um pequeno contratempo antes da subida decisiva viria a custar-lhe caro. "No final, faltou-me apenas um por cento. Mesmo antes da subida, quase caí. Depois disso, não consegui reduzir a diferença. O Simon teve um desempenho forte e inteligente. Continuei a acreditar nele. A 500 metros do fim, aproximei-me muito, mas nessa altura ele já conseguia ver a meta. Eu estava completamente sem energia depois daquele dia cansativo. Não é uma vergonha perder para um vencedor do Giro".
O desempenho foi, ainda assim, um ponto alto para uma INEOS Grenadiers que tem tido uma corrida relativamente discreta até aqui. Para Arensman, a etapa marcou também o verdadeiro arranque da sua Volta. "O Tour começou finalmente para mim. Precisei de ter muita paciência com todas aquelas etapas planas e com muitos golpes. Agora, finalmente, subimos uma colina durante mais de cinco minutos".
A estreia no Tour tem sido marcada por uma função híbrida, dividida entre trabalho de equipa e oportunidades individuais, desta vez sem o foco na classificação geral. "É ótimo viver o meu primeiro Tour desta forma. Receber garrafas de água e liderar a equipa nas etapas planas. Tenho a liberdade de tentar ganhar uma etapa nas montanhas. É uma boa combinação. Se eu continuar a fazer as coisas certas, espero que ainda haja algo reservado durante as etapas de montanha com subidas muito longas".
Questionado sobre os próximos objetivos, Arensman deixou escapar um sorriso. "Quinta-feira?", atirou, num tom descontraído. Ainda não decorou todo o percurso, mas sabe que vem aí um dos momentos-chave da corrida: a primeira chegada em alto, em Hautacam. "Então, quinta-feira, sim".