Apesar de Tadej Pogacar ter sido tão poderoso e dominador como sempre na etapa 16 da
Volta a Itália 2, os candidatos aos restantes lugares do Top 10 da classificação geral tiveram dias diferentes. Um dos que teve dificuldades e perdeu tempo foi Geraint Thomas, da
INEOS Grenadiers.
No entanto, o colega de equipa de Thomas,
Thymen Arensman, apresentava-se muito mais forte, garantindo um 6º lugar na etapa e mantendo-se na luta pela camisola da juventude. "Não estava à espera de me sair tão bem, especialmente porque a subida era muito dura", reflectiu após a etapa, em conversa com a Eurosport. "Normalmente, sou mau nisso, mas este foi um bom desempenho. Já estou ansioso pelas subidas mais longas, que normalmente me agradam ainda mais."
Com Thomas a lutar e a perder tempo para o seu principal rival Daniel Martinez, alguns questionaram qual a razão para Arensman continuar a tentar seguir os ataques, em vez de apoiar o seu líder. "Estava à espera de perder tempo, mas mesmo assim saí-me bastante bem", diz o holandês sobre o final da etapa. "A equipa disse-nos que tínhamos de fazer a subida o mais rápido possível. Comecei um bocado rápido demais e paguei por isso. Mas estou satisfeito com este resultado".
O drama não se ficou pela subida final, uma vez que antes da etapa, estava instalado o caos no pelotão, com o sindicato dos ciclistas CPA e os organizadores da corrida RCS a entrarem em desacordo sobre os planos para alterar a etapa devido às condições atmosféricas adversas que se faziam sentir. No final, chegou-se a um acordo entre ambas as partes, com os ciclistas a percorrerem apenas os últimos 120 quilómetros, eliminando as primeiras subidas do dia.
"Foi realmente uma montanha-russa. Não é o ideal começar uma etapa desta forma, mas estou especialmente feliz por nós, ciclistas, termos concordado unanimemente em fazer alguma coisa", reflecte Arensman sobre o drama. "É bom ver isso. Certamente que aprendemos com isto, porque assim as coisas podem ser ainda melhores futuramente."