Thymen Arensman perdeu mais de 1m30s na etapa inaugural, mas continua a merecer a confiança da INEOS no Giro: "Ele já mostrou ser extremamente sólido na terceira semana"

Enquanto Egan Bernal completou sem sobressaltos a etapa inaugural da Volta a Itália, o seu colega de equipa Thymen Arensman foi o ciclista da classificação geral que mais tempo perdeu - excluindo o infortúnio de Mikel Landa. Para o neerlandês de 25 anos, foi mais um revés nos dias iniciais da corrida, tal como em 2024, quando um mau arranque comprometeu as suas ambições de pódio.

“Thymen é um ciclista consistente, especialmente na terceira semana. Claro que não era nosso plano perder tempo tão cedo, mas o mundo não acaba aqui”, avaliou Zak Dempster, diretor desportivo da INEOS Grenadiers, em declarações ao In de Leiderstrui. “E honestamente, foi menos do que no ano passado... Portanto, nada mau”, acrescentou, com um sorriso resignado.

Arensman, que apontava secretamente à luta pelo pódio, ficou visivelmente frustrado com a perda de tempo no primeiro dia. "É evidente que ficou desapontado. Queria vencer, ou pelo menos estar ali na discussão, mas agora tem de centrar-se no contrarrelógio e no processo que delineámos para esta Volta. Isto é apenas o início, há muito Giro pela frente".

A INEOS preferiu também relativizar a dureza da etapa inaugural, onde apenas 36 ciclistas cruzaram a meta no primeiro grupo. “A etapa foi muito mais seletiva do que muitos pensavam. E a de domingo será igualmente exigente. Depois disso, com a entrada em Itália, voltaremos a um padrão mais tradicional de etapas, com oportunidades para os sprinters e alguma margem para recuperar".

É o segundo ano consecutivo em que Arensman cede tempo logo no primeiro fim de semana, mas a equipa não parece disposta a alterar os seus planos. "Claro que revimos o que aconteceu, seria uma loucura não o fazer. Analisamos o desempenho de cada ciclista em detalhe, trabalhamos sobre os pontos fortes e as áreas a melhorar. Podemos estar o dia todo a rever cada curva, mas o que importa agora é olhar em frente. O contrarrelógio é já amanhã".

Questionado sobre a possibilidade de mudar de foco e apostar noutro líder, Dempster foi claro: “Acreditamos no Thymen. Ele já mostrou ser extremamente sólido na terceira semana. E olhando para o que nos espera na última semana, com tantas etapas de alta montanha, os 95 segundos que perdeu hoje não nos preocupam".