Antonio Tiberi pode não ter sido um dos destaques da segunda etapa da
Volta a Itália de 2025, mas saiu do contrarrelógio em Tirana com uma certeza: fez a escolha certa ao não arriscar em demasia. Num percurso de 13,7 km com curvas técnicas e transições rápidas, o italiano da
Bahrain - Victorious optou por uma abordagem calculada e conservadora, especialmente após os incidentes da véspera.
"Estou muito contente com o meu contrarrelógio", afirmou Tiberi no final da etapa. "Não era um percurso que me favorecesse, era muito técnico, feito com um ritmo explosivo. Mas a minha decisão foi clara desde o início: correr o mínimo de riscos possível."
A escolha foi influenciada não apenas pelas características do percurso, mas também pelas quedas que marcaram o dia, como as de Edoardo Affini, que escapou por pouco, e Luke Plapp, que não teve a mesma sorte. Tiberi, que terminou em 5.º lugar na geral do Giro de 2024 e venceu a classificação da juventude, manteve a cabeça fria numa jornada onde muitos arriscaram e pagaram caro.
"Quase vi o Affini cair e, logo depois, vi o Plapp cair a sério. Quando estava prestes a partir, só pensava em manter-me seguro. Este contrarrelógio era demasiado curto para comprometer a integridade física."
Apesar de não ter estado na luta pela vitória da etapa, o italiano tem demonstrado progressos constantes na especialidade, com um 3.º lugar na Volta ao Algarve e um 4.º na Tirreno-Adriatico esta temporada. Mas no contexto de uma Grande Volta, a gestão do risco é tão importante quanto o desempenho puro.
"O Giro ainda é muito longo. Há muito por onde ganhar ou perder tempo. Penso que posso estar satisfeito com o meu desempenho e acima de tudo, com a decisão que tomei."