Tim Wellens considera que os adversários de Pogacar "se podem considerar sortudos por terem ficado tão perto" na etapa 12 da Volta a França

Ciclismo
sexta-feira, 18 julho 2025 a 14:00
Pogacar
Tadej Pogacar voltou a elevar a fasquia na Volta a França de 2025 com uma exibição demolidora na 12.ª etapa, conquistando a vitória no alto de Hautacam e cavando um fosso de mais de dois minutos sobre Jonas Vingegaard. O esloveno não só consolidou a liderança na classificação geral como deixou um claro sinal de autoridade na primeira grande jornada alpina. Para Tim Wellens, seu colega na UAE Team Emirates - XRG, o resultado poderia ter sido ainda mais devastador.
Wellens foi uma das peças fundamentais no dispositivo da equipa da Emirates, assumindo o controlo do grupo dos favoritos e endurecendo o ritmo antes da ascensão final. O belga reconheceu o esforço coletivo, mas também a superioridade individual do seu líder. “Tenho de dizer que o pelotão era bastante pequeno na altura em que tive de recuar”, refletiu em declarações ao Het Nieuwsblad. “Mas não considero que a corrida esteja acabada.”
Segundo Wellens, a etapa com final em Hautacam estava assinalada há muito tempo no plano de corrida de Pogacar, que a identificou como uma oportunidade de ouro para fazer diferenças significativas. “Ele queria mesmo ganhar esta etapa. Antes mesmo do início do Tour, já a tinha marcado como crucial para a geral”, explica. “E o Tadej é assim: se ele marca uma etapa, raramente falha.”
O belga foi ainda mais longe, sugerindo que a queda sofrida por Pogacar na véspera, na 11.ª etapa, apenas serviu para alimentar a fúria competitiva do esloveno, tornando-o ainda mais determinado em Hautacam. “Considerando o que aconteceu na etapa anterior, a verdade é que o Vingegaard e os outros até se podem considerar sortudos por terem ficado tão ‘perto’ quanto ficaram”, comentou, numa alusão à forma absolutamente dominante do líder da UAE.
Apesar da concentração nos momentos-chave da etapa, Wellens revelou que o ambiente dentro da equipa se manteve surpreendentemente calmo e descontraído durante o dia. “Não prestamos qualquer atenção durante a reunião”, admite. “Era como estar na escola. O treinador teve de intervir e pedir-nos para nos concentrarmos. Estávamos todos a rir e a brincar com outras coisas.”
Este espírito aparentemente relaxado não impediu a formação da Emirates de executar o plano com precisão milimétrica. Para Wellens, a força mental de Pogacar é o que mais impressiona. “Pogacar é incrivelmente forte a nível mental. Está sempre concentrado e nunca desilude”, conclui. “Claro que ajuda quando as pernas estão assim tão boas, mas mesmo assim temos de ir para a estrada e fazer o nosso trabalho. Na vida, nada é de graça, nem mesmo para o Tadej.”
Com o domínio reafirmado e a confiança do grupo intacta, a UAE Team Emirates - XRG parte para os próximos dias como força claramente dominante na Volta a França. E, como diz Wellens, quando Pogacar marca um alvo, é melhor não se meterem com ele.
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