Revelados dados de Hautacam que mostram a quebra de Vingegaard nos quilómetros finais da 12ª etapa da Volta a França!

Ciclismo
sexta-feira, 18 julho 2025 a 11:30
Vingegaard
A exibição avassaladora de Tadej Pogacar na ascensão a Hautacam, durante a 12.ª etapa da Volta a França de 2025, foi o resultado da conjugação de dois fatores decisivos. O primeiro é evidente: Pogacar é, pura e simplesmente, o melhor ciclista do mundo. Ataca, arrisca e impõe o seu ritmo com uma naturalidade desconcertante. O segundo, não menos determinante, esteve do outro lado do duelo: Jonas Vingegaard simplesmente não correspondeu ao nível de exigência que esta etapa pedia.
A diferença entre ambos começou a desenhar-se ainda antes do ataque oficial de Pogacar. Com Jhonatan Narváez já a forçar o ritmo na frente, Vingegaard deu sinais claros de que estava em dificuldades, perdendo a roda do esloveno num momento-chave. A partir daí, a dinâmica da subida ficou selada.
Importa reconhecer o esforço do dinamarquês. Tentou manter-se competitivo, apostou tudo o que tinha, e durante alguns minutos conseguiu manter a diferença em torno dos 15 a 20 segundos. Mas a vantagem de Pogacar aumentou de forma progressiva. A meio da subida, Vingegaard já estava a mais de um minuto. Tendo em conta o que mostrara no Critérium du Dauphiné, havia quem acreditasse que a diferença não cresceria muito mais. Mas cresceu. E os dados finais do segmento mais duro de Hautacam são, na verdade, arrasadores.
Nos últimos 4,48 km da subida, com uma inclinação média de 7,99% e um desnível positivo de 358 metros, Vingegaard registou apenas o sétimo melhor tempo, segundo os dados de Ammattipyöräily:
Jonas Vingegaard rebentou no final da subida a Hautacam
Jonas Vingegaard rebentou no final da subida a Hautacam

Hautacam – Segmento Final (4,48 km | 7,99%)

  • 12:38 – Tadej Pogacar (UAE Team Emirates - XRG)
  • 12:43 – Florian Lipowitz (Red Bull – BORA – hansgrohe)
  • 13:04 – Kévin Vauquelin (Arkéa–B&B Hotels)
  • 13:05 – Tobias Johannessen (Uno-X Mobility)
  • 13:18 – Oscar Onley (Team Picnic PostNL)
  • 13:20 – Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step)
  • 13:27 – Jonas Vingegaard (Team Visma | Lease a Bike)
Os números deixam claro que o fraco desempenho de Vingegaard no contrarrelógio não foi um episódio isolado. O bicampeão da Volta a França entrou nesta edição claramente em baixo de forma. E, tendo em conta o contexto da sua temporada, talvez isso não seja assim tão surpreendente.
Desde a violenta queda no Paris–Nice, Vingegaard apenas regressou à competição no Critérium du Dauphiné, onde mostrou sinais promissores mas distantes da supremacia habitual. Muito se discutiu sobre os riscos de sobrecarga física no calendário ambicioso de Pogacar, após as suas vitórias na Volta à Catalunha, Volta à Flandres e Liège-Bastogne-Liège. Mas pouco se falou do risco oposto: será que competir tão pouco é a melhor abordagem para preparar uma Grande Volta?
À luz do que se viu em Hautacam, a resposta tende a ser negativa. E Vingegaard não é o único exemplo. Primoz Roglic, que também seguiu uma preparação contida, continua distante da luta pelo pódio, tendo sido ultrapassado até pelo jovem Florian Lipowitz.
Pogacar, por sua vez, parece imune a qualquer lógica convencional. É o atleta que desafia o equilíbrio entre quantidade e qualidade, entre desgaste e rendimento. E neste momento, está em pleno controlo da Volta a França.
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