"Tive um ano difícil" - Christophe Laporte de volta aos seus melhores dias depois de um 2025 assombrado por doenças

O francês Christophe Laporte, diagnosticado este ano com citomegalovírus, enfrentou uma época muito curta no World Tour, com apenas algumas corridas desde meados de agosto, tendo falhado as clássicas da primavera e a Volta a França. Esta terça-feira, Laporte voltou a mostrar o seu nível, terminando em terceiro lugar na Binche - Chimay - Binche, a primeira vez que esteve na luta pela vitória em 2025.

"Há muito tempo que não subo ao pódio. A última vez foi na época passada. Tive um ano difícil, por isso posso estar feliz por ter conseguido competir pela vitória aqui", disse Laporte ao Sporza após a corrida. "Claro que existe sempre um pouco de desilusão por ficar tão perto da vitória. Tive dificuldades em encontrar o meu ritmo e fiquei bloqueado nos últimos quilómetros. Posso estar contente com as minhas sensações e com o resultado, embora, naturalmente, preferisse vencer."

Laporte prepara-se agora para disputar Paris-Tours, onde é o atual campeão, e a nova Volta à Holanda, mantendo a esperança de alcançar ainda uma vitória antes do fim da temporada. "Foi uma corrida muito rápida. Demorou quase oitenta quilómetros para que uma fuga conseguisse abrir uma vantagem", explicou o diretor-geral da equipa, Marteen Wynants. "Conseguimos antecipar-nos, enviando Victor Campenaerts e Niklas Behrens para algumas fugas."

Na fase final, a equipa apostou no sprint, com Laporte a apanhar uma boa roda, mas a perder ligeiramente contacto, comprometendo o ímpeto. "O terceiro lugar é um bom resultado, mas com um pouco mais de sorte, poderíamos ter conseguido ainda mais. No geral, foi um excelente dia para a equipa."

A surpresa da corrida veio de Nils Eekhoff, da Team Picnic PostNL, que cruzou a meta em segundo lugar. O holandês aproveitou o ritmo elevado da prova, que desgastou alguns sprinters, mantendo-se na frente durante todo o dia sem gastar energia em demasia.

"Foi uma corrida muito rápida que nunca abrandou. Os grupos separavam-se constantemente, tornando o dia muito exigente. A equipa fez um trabalho fantástico a controlar a corrida", disse Eekhoff. "Senti-me forte e confiante no sprint final. Comecei um pouco tarde, mas estou feliz por regressar ao pódio depois de tanto tempo."