Tom Dumoulin abre o livro mais uma vez e revela pormenores dos seus tempos na Jumbo-Visma: "Só fazia cocó com muco e sangue... Ao mesmo tempo a equipa apresentou-me como um dos líderes para o Tour"

Já sabíamos que Tom Dumoulin passou por momentos difíceis, física e mentalmente, durante a sua passagem pela Jumbo-Visma, mas sempre que ele volta ao assunto, são revelados mais e mais pormenores sombrios do seu sofrimento e agonia, antes de decidir definitivamente arrumar a bicicleta.

E desta vez não foi diferente na entrevista que concedeu à revista Mezza. "Enterrei a minha cabeça na areia quando cheguei à Jumbo-Visma. Não me atrevi a admiti-lo a mim próprio. Mas senti-me péssimo. Toda aquela equipa estava a caminho do topo e fez um excelente trabalho. Eu era o único que não se sentia bem, que estava constantemente a lutar" recorda.

Dumoulin explica do que precisava naquele momento... Pessoas que dissessem "Caramba, Tom, vamos ver juntos como podemos voltar a pôr-te no bom caminho", embora compreendesse perfeitamente que não o podiam ajudar enquanto equipa. "Tive a sensação de que adoptaram uma atitude de: Sim, rapaz, estás a correr aqui por muito dinheiro, isso exige de ti certas performances. Com toda a razão, claro, mas não funcionou comigo".

Dumoulin entrou em pânico, especialmente porque o seu corpo não estava bem fisicamente. "Quando surgiu o coronavírus em 2020, estive em casa durante meses. Sentia-me muito mal. Só fazia cocó com muco e sangue, as fezes normais já não saíam. Não conseguia treinar corretamente. Ao mesmo tempo, a equipa apresentou-me como um dos líderes para o Tour. Foi terrível. O pior período da minha vida".

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