Tom Pidcock começou bem a temporada mas desapareceu no Giro: "A etapa do sterrato era o grande dia, mas tive algum azar"

Ciclismo
sábado, 07 junho 2025 a 13:00
pidcock
Tom Pidcock protagonizou uma transição de sucesso para a Q36.5 Pro Cycling Team, somando diversas vitórias logo no arranque da temporada. O britânico confirmou o bom momento com o segundo lugar na Strade Bianche, apenas superado por Tadej Pogacar, naquele que foi talvez o melhor início de época da sua carreira. Ainda assim, lamenta alguns episódios de azar que condicionaram a sua primavera.
"Foi um longo período, para ser sincero. Começar numa nova equipa é sempre difícil. Penso que a motivação era muito elevada para começar muito bem", disse ao Cyclingnews. Um sexto lugar na Tirreno-Adriatico e o Top-10 em todas as Clássicas das Ardenas, com destaque para o pódio na Flèche Wallonne, cimentaram a sua campanha de primavera.
Apesar do forte desempenho, a sorte não esteve sempre do lado do britânico. "O grande objetivo era a Milan-Sanremo. Lá tive um acidente e algum azar. A partir daí tentei manter a forma. Mesmo no estágio em janeiro, eu estava muito bem. Mas é preciso manter esse nível durante muito tempo. Quando surgiu a oportunidade de correr a Volta a Itália, mesmo em cima da hora, dá-se tudo o que se pode", contou.
Pidcock foi para a Corsa Rosa sem a preparação ideal: ao contrário dos principais candidatos à classificação geral, não realizou estágios em altitude e chegou à prova com um calendário acumulado bastante intenso. As ambições na geral estavam, por isso, naturalmente limitadas, mas o britânico tentou procurar um bom resultado.
Tom Pidcock esteve muito abaixo das expectativas na sua estreia na Volta a Itália 
Tom Pidcock esteve muito abaixo das expectativas na sua estreia na Volta a Itália 
O primeiro contratempo surgiu cedo, na etapa do sterrato onde era apontado como favorito. Uma queda, onde também ficou envolvido Primoz Roglic, custou-lhe a possibilidade de discutir a vitória e traduziu-se numa perda considerável de tempo. "A etapa do sterrato era o grande dia, mas nem tudo correu como planeado, tive algum azar. Quando se está cansado, as decisões tornam-se mais difíceis e a sorte também pesa", admitiu.
Entrou na 19ª etapa em 13º lugar da geral, ainda com ambições em alcançar um Top-10, mas acabou por ceder. "Na segunda subida o ritmo era muito elevado, entrei na fuga e sentia-me forte. Era o primeiro dia de calor e apesar de ser bom nessas condições, precisava de estar preparado, o que não era o caso", explicou.
"Sem treino em altitude e vindo directamente das Ardenas, foi muito diferente da preparação dos outros candidatos à geral. Só soubemos da nossa participação poucas semanas antes da corrida, o que não nos deu as melhores condições ou hipóteses para fazer uma preparação adequada. Mas posso dizer que aproveitei ao máximo", concluiu.
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