Tom Pidcock não vai deixar que ninguém lhe diga como terá de correr na
Volta a França para alcançar o sucesso. O campeão olímpico de BTT pretende um dia vencer a Volta, mas não agora, pois o ciclista da
Ineos Grenadiers persegue vários objectivos noutras disciplinas (BTT e ciclocrosse), bem como em corridas de um dia.
A vitória de Pidcock na etapa do Alpe d'Huez definiu a sua estreia no Tour em 2022, mas no ano passado passou um pouco despercebido com o 13º lugar da geral. O que é que vai ser desta vez? "Vou decidir o que quero que seja o meu Tour este ano", disse Pidcock à agência noticiosa PA. "Mais ninguém. Caso contrário, não consigo nada de mim. Preciso de ser capaz de acreditar na minha missão no Tour".
"Compreendo perfeitamente onde quero estar e o que tenho de fazer para o conseguir. Nem sempre é simples, mas as pessoas que estão ao meu lado sabem como eu trabalho."
Os líderes e capitães de longa data da equipa britânica estão lentamente a aproximar-se do final da sua carreira. Será que se sente uma mudança na equipa? "Penso que a equipa está a passar por um grande período de transição", afirma Pidcock. "E isso nota-se... É estranho perceber que alguns destes ciclistas já não estejam nas estradas dentro de algum tempo. É estranho... É bom podermos aprender com a experiência que eles têm. Mas apercebi-me de que preciso de ganhar essa experiência na sua forma de ver as coisas e não deixá-la apenas para os outros."
Isto significa que Pidcock terá de assumir um maior papel na liderança, mas fá-lo-á à sua maneira. "Não estou habituado a assumir a liderança", disse. "Não gosto de liderar como chefe de fila. Gosto de liderar sem pressão, se quiserem, de ser um pouco mais calmo, de fazer as coisas à minha maneira."