Tom Pidcock preparado para dupla missão: Q36.5 confirma presença na Vuelta e britânico correrá duas Grandes Voltas em 2025

Tom Pidcock está pronto para dar um passo significativo na sua evolução como ciclista de Grandes Voltas. Depois de anunciar que vai alinhar na Volta a Itália em maio, o britânico revelou agora que também estará presente na Volta a Espanha, naquela que será a sua segunda Grande Volta de 2025.

A confirmação surgiu esta sexta-feira com o anúncio de que a Q36.5 Pro Cycling Team recebeu um wildcard para participar na Vuelta, marcando assim a estreia da equipa suíça no evento. Para Pidcock, a notícia teve um sabor especial: o percurso da corrida passa literalmente por casa. “É muito emocionante termos recebido um convite para participar na Vuelta! Ainda não verifiquei todas as etapas, mas sei que há uma que termina em Andorra. É lá que eu vivo, por isso é definitivamente algo pelo qual estou ansioso,” disse o britânico num comunicado da equipa. “A edição deste ano também inclui as icónicas subidas de Angliru e Bola del Mundo.”

Pidcock regressa à corrida onde se estreou em Grandes Voltas há quatro anos, mas desta vez com muito mais maturidade e ambições reforçadas. “Na altura, tudo era novo, mas este ano vou com muito mais experiência e maiores expectativas, especialmente com a Q36.5 ao meu lado.”

A atribuição do wildcard à Q36.5 foi uma surpresa, sobretudo porque deixou de fora a Equipo Kern Pharma, que venceu três etapas em 2024. No entanto, essa exclusão pode estar relacionada com a política de rotação habitual dos organizadores, que procuram distribuir oportunidades por várias equipas ao longo dos anos.

Doug Ryder, chefe da Q36.5, não escondeu o entusiasmo com a novidade. “A Vuelta tem sido um objetivo fundamental para nós este ano. Com um forte grupo de ciclistas e pessoal espanhol, a energia dentro da equipa é eléctrica,” afirmou. “Embora esta seja a primeira vez que competimos na La Vuelta como equipa, 15 dos nossos 25 ciclistas já têm experiência na corrida, com alguns a assegurarem vitórias, pódios e até a vestirem a camisola vermelha.”

Ryder sublinhou ainda que o percurso montanhoso e técnico da Vuelta favorece as qualidades da sua formação: “É uma corrida dura, ondulante e montanhosa, que nos convém. Há também um contrarrelógio individual e um contrarrelógio por equipas. Não tenho dúvidas de que vamos causar impacto desde a etapa de abertura em Piemonte até ao grande final em Madrid.”

A temporada de 2025 promete ser um verdadeiro teste de resistência e ambição para Tom Pidcock, que se prepara para enfrentar duas Grandes Voltas ao serviço de uma equipa que procura firmar-se como presença regular nas grandes cenas do ciclismo mundial.

Leia também

Polémica com os wildcards da Vuelta 2025: Q36.5 convidada, Equipo Kern Pharma de fora

ANÁLISE: Poderá a Q36.5 acabar com o hiato de 6 anos sem uma vitória de uma ProTeam no Giro