O Tour do Rio volta à estrada esta sexta-feira, após 9 anos. É uma corrida de três dias, disputada no Rio de Janeiro e é uma prova de nível UCI (2.2), pelo que é mesmo a prova por etapas mais importante do Brasil. O pelotão será constituído por 17 equipas e um total de 83 ciclistas, de diversas nacionalidades, o que levará à plantação de 85 árvores, uma vez que a organização tinha assumido o compromisso de plantar árvores em função do número de ciclistas em competição.
444,1 quilómetros a percorrer, todos na região de Vale do Café, no interior do Estado carioca, com todas as jornadas a partir e a terminar em Conservatória. Uma coisa já é certa: Gustavo Veloso não vai revalidar o título. O espanhol de 44 anos conquistou o Tour do Rio, em 2015, ao serviço da W52. Na altura, vingou-se do veteraníssimo Oscar Sevilla, que havia derrotado o galego em 2013. Pois bem, Veloso já não é ciclista, mas Sevilla ainda corre, sendo um dos ciclistas profissionais mais velhos do Mundo (tem 48 anos), e vai marcar presença na corrida brasileira.
"Voltar ao Tour do Rio, uma corrida que já disputamos há anos e na qual nos saímos muito bem, traz muitas lembranças à equipa. É emocionante estar tão perto de voltar ao Rio, e esperamos uma boa situação. Sabemos que não será fácil, há equipas fortes, mas esperamos continuar a avançar nas próximas. Este ano é um espetáculo. Que os media acompanhem e nos deem a cobertura que essa corrida merece para que todos nós — equipas, organizadores, motoristas — possamos continuar a crescer", afirmou Óscar Sevilla em declarações à Globo.
O pelotão da 13ª edição do Tour do Rio é constituído por 17 equipas, incluindo 7 continentais, uma das quais é a Swift Carbon Pro Cycling Brasil, a melhor equipa brasileira da atualidade (pelo menos, no papel), em que se destacam os nomes de Lauro Chaman, Campeão Paralímpico em 2016, João Rossi e Alessandro Ferreira Guimarães.
Ainda dentro das equipas continentais, destaque para a NU Colombia (que tem estado em grande na Volta ao Guatemala, com três vitórias de etapa) que aposta em Rodrigo Contreras, vencedor da Volta a Colômbia, e em Sergio Henao. Sim, o ciclista colombiano que correu ao lado de Chris Froome e Tadej Pogacar e que conquistou o Paris-Nice em 2017, por poucos segundos em relação a Alberto Contador. Também é importante assinalar a presença da Team Medellin, formação que é casa de Óscar Sevilla desde a fundação, em 2017.
Quanto ao talento brasileiro, são também dignos de referência o campeão nacional, Roberto Pinheiro Silva, que corre ao serviço da Pindamonhangaba Cycling Team. Uma prova histórica e um sinal do crescimento do ciclismo lusófono, com um pelotão repleto de talentos de várias partes do Mundo, desde Espanha ao Taiti.