Treinador de Tom Pidcock explica porque é que o britânico tem ficado àquem das expetativas: "Ainda não vimos o melhor dele"

O futuro de Tom Pidcock com a INEOS Grenadiers tem sido um dos temas mais falados da época baixa, mas recentemente os rumores sobre a sua saída acalmaram, uma vez que ele parece mais satisfeito com a situação na equipa britânica. O próprio Pidcock admitiu recentemente que não correspondeu às expetativas que tinha para si próprio na estrada desde a sua vitória no Alpe d'Huez na Volta a França de 2022. Agora, o seu treinador, Kurt Bogaerts, falou com o Cyclingnews sobre o que o homem de Leeds pode alcançar na sua carreira.

"As próximas duas épocas são cruciais para o Tom, para descobrir os seus limites na estrada e ver até onde pode ir", disse. "Ele pode marcar pontos nas clássicas e nas Grandes Voltas e mentalmente terá mais espaço para isso, com o ciclo olímpico de quatro anos."

Isso significa que Pidcock não terá um calendário muito preenchido de ciclocrosse ou de BTT no próximo ano?

"O Tom disse que quer fazer o melhor que puder na estrada, por isso, se for para o BTT, será em função da estrada", explicou Bogaerts, e acredita que é por isso que Pidcock não correspondeu às expetativas na estrada até agora. "Podemos ser honestos e dizer que o Tom nunca teve uma preparação ideal para uma época de estrada, por isso não conhecemos os seus limites."

"Acho que ele pode ser muito, muito bom e ainda só tem 25 anos", diz. "O Tom não ganha tanto como o Tadej Pogacar, mas já tem algumas vitórias agradáveis dentro e fora da estrada. Penso que muitos ciclistas da sua idade gostariam de ganhar o que o Tom já ganhou.

"Ainda não vimos o melhor dele nas Grandes Voltas, mas também aí queremos ver o que é possível fazer com a preparação máxima."