Wout van Aert é um ciclista belga especializado em Ciclocrosse e Road Racing. Ciclista da Team Visma | Lease a Bike, ele tornou-se popular pelo seu extenso sucesso no ciclocrosse, incluindo vários títulos mundiais e vitórias em taças do mundo, mas também na estrada, onde é vencedor de várias etapas da Volta a França e vencedor da camiola verde, além de ser um especialista em clássicas da primavera, com corridas como Milan-Sanremo, Strade Bianche e Amstel Gold Race no seu palmarés.
Nome: Wout van Aert
Aniversário: 15 de setembro de 1994
Local de nascimento: Herentals, Bélgica
Tornou-se profissional: 2013
Altura: 1,90m
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Ele correu três temporadas no nível sub-23, primeiro com a equipa Telent-Fidea, depois com Vastgoedservice-Golden Palace. A sua rivalidade com van der Poel chegou a níveis elevados nesta disciplina. Van Aert venceu a taça superprestígio e algumas corridas, mas ficou distante nos principais objetivos da temporada. Em 2013-2014 ele foi uma figura mais consistente, vencendo o Bpost Bank Trofee e terminando em segundo no Superprestige e na Taça do Mundo, tornando-se Campeão Mundial sub-23 em Hoogerheide na frente de van der Poel e Michael Vanthourenhout.
Na temporada 2014-2015, ele venceu o Campeonato Europeu sub-23 e chegou à Elite no final do ano, onde van der Poel conquistou o título mundial de Elites e o belga ficou em segundo lugar. Aqui começou um longo confronto que os dois teriam no nível de Elites. Em 2015-2016, van Aert venceu o Campeonato do Mundo, o Nacional, a Taça do Mundo, o Superprestige e o Bpost Bank Trofee, chegando ao topo do ciclocrosse. Em 2016-2017, ele conquistou a camisola arco-íris novamente e foi campeão belga, ao que juntou a vitória na Taça do Mundo e na DVV Verzekeringen Trofee, consolidando efetivamente sua posição como uma das figuras dominantes do ciclocrosse, ao mesmo tempo em que dava os seus primeiros passos na estrada.
Em 2017-2018 ele fez um hattrick, vencendo o Campeonato do Mundo desta vez em Valkenburg. Van der Poel foi quem mais venceu nessa temporada, mas no grande dia o belga levou a melhor. A batalha continuou em 2018-2019, quando van Aert ficou em segundo lugar no Mundial e no Europeu, atrás de seu rival, enquanto Toon Aerts o derrotou por pouco na Taça do Mundo. Nesse período, Van Aert mudou totalmente seu foco na estrada, regressando de uma grave lesão numa coxa que o manteve longe da liderança durante sua curta temporada 2019-2020, onde ele só venceu uma corrida, mas não conseguiu terminar no pódio do Mundial.
Com os olhos postos no quarto título mundial, van Aert começou a temporada 2020-2021 mais cedo, porém com um foco específico. Por causa de um calendário da Taça do Mundo muito reduzido devido à Covid-19, van Aert conseguia vencê-lo apesar do seu calendário, mas viu-se novamente atrás de van der Poel no Campeonato do Mundo em Oostende. A temporada 2021-2022 foi novamente curta, desta vez optando por não participar no Campeonato do Mundo. Apesar disso, ele venceu 9 das 10 corridas, dando a entender que estava entre os melhores.
Quanto à sua presença na estrada, começou em 2013. Ao longo dos primeiros anos da sua carreira, o seu foco total no Ciclocrosse retirou-lhe hipóteses de se mostrar ao mais alto nível na estrada, mas em 2016 começou a dar alguns sinais positivos, com uma vitória na Volta à Belgica e na Schaal Sels - atrás de um vice-campeão da Dwars het Hageland, dando sinais muito promissores como um ciclista de clássicas e de contrarrelógio. Na temporada de 2017, ao assinar pela Vérandas Willems-Crelan, do nível Pro Continental (agora denominado ProTeam), o seu calendário permitiu-lhe competir ainda mais entre os melhores homens das clássicas do mundo.
Com o Ciclocrosse como prioridade, naturalmente tinha um calendário baseado para o inverno. Van Aert venceu em rápida sucessão a Volta ao Limburgo, a Bruges Cycling Classic e o GP Cerami, juntamente com outros resultados fortes. No entanto, 2018 foi o ano em que se destacou logo no início da temporada, pois a equipa belga foi convidada para a Strade Bianche, onde terminou numa impressionante terceira posição. Esta atuação fez com que a equipa belga fosse convidada para todas as principais clássicas empedradas, terminando em 9º na Volta à Flandres e 13º na Paris-Roubaix. No entanto a sua temporada ainda não tinha chegado ao fim, já que no final da época ele ganhou uma etapa e venceu a geral da Volta à Dinamarca, e terminou em terceiro no Campeonato Europeu antes de partir para outra temporada de CX.
Ciente do seu talento, van Aert foi contratado pela Jumbo-Visma em 2019. O que se seguiu foi outra grande transformação, com uma estrutura e equipa completamente diferentes ao seu redor. 2019 viu-o subir novamente ao pódio da Strade Bianche, sexto na Milan-Sanremo e segundo no E3 Saxo Bank Classic. A primavera foi curta, mas regressou ao pelotão para vencer duas etapas e a classificação por pontos no Critérium du Dauphiné, seguido do contrarrelógio do campeonato nacional belga. Seguiu-se a sua estreia na Volta a França, onde o belga venceu a sua primeira etapa em Albi. Ele abandonou a corrida à 13ª etapa após uma forte queda.
Foi uma recuperação longa, mas bem sucedida, já que van Aert entrou na temporada de 2020 com triunfos soberbos na Strade Bianche e na Milan-Sanremo. Ele revalidou o título nacional de contrarrelógio e saltou para uma Volta a França, onde venceu duas etapas, no apoio ás ambições da equipa em ganhar a camisola amarela - que perderam na 20ª etapa, quando Tadej Pogacar assumiu a liderança batendo de Primoz Roglic no contrarrelógio final.
A sua temporada terminou com uma sequência de segundos lugares em ambas as corridas do Campeonato do Mundo e da Volta à Flandres. Em 2021 terminou em segundo lugar na corrida de estrada dos Jogos Olímpicos - e mais tarde, mais uma vez, nos Mundiais de contrarrelógio. A sua temporada de 2021 teve mais vitórias como na Gent-Wevelgem e na Amstel Gold Race, bem como duas etapas na Tirreno- Adriático. O quarto lugar na Strade Bianche, o segundo lugar na CG da Tirreno e o terceiro na Milan-Sanremo foram outros destaques da temporada.
Em junho venceu os campeonatos nacionais de estrada da Bélgica e foi com as mesmas funções para o Tour. Com o abandono precoce do seu líder Primoz Roglic, van Aert teve mais liberdade, que aproveitou para vencer três etapas em três terrenos diferentes - alta montanha, contrarrelógio e o sprint final nos Champs Élysées. No final da temporada ele venceu a Volta à Grã-Bretanha - assim como três etapas. Nos Campeonatos do Mundo de Leuven e mais tarde na Paris-Roubaix, terminou em 11º e 7º, respectivamente.
2022 viu-o começar a sua temporada em grande com uma vitória na Omloop Het Nieuwsblad e uma na Paris-Nice – onde foi incrivelmente consistente. Tendo aprendido com os erros do passado, decidiu ignorar a CG em algumas corridas por etapas antes dos seus grandes objetivos, o que o levou a estar em grande forma na clássicas da primavera, onde venceu a E3 Saxo Bank Classic de forma convincente. No entanto, uma infecção por covid-19 antes da Volta à Flandres afastou-o de um dos seus objectivos, mas ele recuperaria para terminar no pódio da Paris-Roubaix e na Liège-Bastogne-Liège.
Na segunda metade da temporada, ele venceu duas etapas no Critérium du Dauphiné e viajou para um Tour que foi mágico, onde os seus maiores sonhos tornar-se-iam realidade quando a equipa conquistou a camisola amarela. van Aert conquistou facilmente a classificação por pontos e venceu novamente três etapas. Após o Tour van Aert venceu a Clássica da Bretanha, terminou em segundo no BEMER Cyclassics e no GP de Montreal e terminou em quarto no GP do Quebec e na corrida de estrada dos Campeonatos do Mundo. No inverno van Aert entrou na temporada de ciclocrosse em excelente forma, vencendo as corridas da taça do Mundo em Dublin e em Zonhoven, além de várias outras vitórias. Ele e Mathieu van der Poel entraram nos Campeonatos do Mundo praticamente ao mesmo nível, mas ele teve que se contentar com um segundo lugar em Hoogerheide.
A campanha das clássicas da primavera viu van Aert na sua melhor forma, mas sem conseguir uma grande vitória. Terminou em terceiro na Milan-Sanremo, ganhou a E3 Saxo Classic, foi segundo na Gent-Wevelgem, quarto na Volta à Flandres e terceiro na Paris-Roubaix. Ele venceu os nacionais de contrarrelógio antes do Tour, onde perseguiu vitórias em etapas e apoiou Jonas Vingegaard - com sucesso - mas ficou aquém das suas ambições individuais. Embora tenha vencido a Volta à Grã-Bretanha e a Coppa Bernocchi no final do ano. Ele acabaria em segundo lugar nos Campeonatos Europeu e do Mundo, atrás de Christophe Laporte e Mathieu van der Poel, respectivamente.
Wout van Aert começou a temporada de 2024 de forma impressionante. Em fevereiro, ele conseguiu uma grande vitória na Kuurne-Bruxelas-Kuurne, onde derrotou Tim Wellens e Oier Lazkano num emocionante sprint final. Essa vitória marcou seu segundo triunfo da temporada, após uma vitória anterior numa etapa da Volta ao Algarve. Este forte início de ano deu a Van Aert a confiança para perseguir objetivos maiores mais à frente na temporada.
Jogos Olímpicos
Wout van Aert foi bem sucedido nos Jogos Olímpicos. Ele ganhou a medalha de prata no contrarrelógio de Paris, sublinhando sua consistência e capacidade de fazer boas performaces ao mais alto nível.
Ciclocrosse
Van Aert não esteve tão activo como em outras épocas na ultima temporada de ciclocrosse, embora tenha ajustado seu calendário para se preparar melhor para a temporada de estrada. Ele conseguiu uma vitória na corrida da Taça do Mundo em Benidorm, apesar de ter tido uma queda na última volta.