Aos 21 anos,
Paul Seixas está a fazer uma entrada promissora no pelotão profissional. Estreante com a Decathlon AG2R La Mondiale, o jovem francês não tem perdido tempo a mostrar serviço: já brilhou em provas da Taça de França e esteve com os melhores no Jebel Jais, terminando a apenas quatro segundos de Tadej Pogacar.
“Segundo em Paris-Camembert, quinto em La Marseillaise… são sem dúvida bons resultados. Mostram que também estou em jogo desde o início”, disse Seixas ao Cyclism'Actu. “É uma grande satisfação, claro. Não diria que foi inesperado, mas era um grande objetivo. Não é fácil estar logo em destaque com os profissionais.”
Com o talento reconhecido desde as camadas jovens, Seixas tem sido apontado como uma das grandes esperanças do ciclismo francês, talvez até o homem certo para, um dia, acabar com a espera de quatro décadas desde a última vitória gaulesa na Volta a França — alcançada por Bernard Hinault em 1985.
Mas o jovem de Clermont-Ferrand sabe que ainda está longe do patamar dos maiores do mundo. E ao ver na televisão os feitos de Pogacar e Mathieu van der Poel, o sentimento é de admiração — e motivação: “É um sonho, claro que gostaria que um dia isso acontecesse comigo. Agora, temos de o tornar realidade. É preciso trabalhar, porque o ciclismo não é fácil e nem sempre conseguimos o que queremos. Mas sim, é inspirador.”
Apesar do realismo, Seixas deixa no ar uma ambição silenciosa, mas firme: “Eles estão noutro mundo, por agora. Mas no ciclismo, tudo muda. Há sempre novas gerações, ciclos que vão e vêm. Para já, estão lá em cima e nós só os podemos admirar. Mas vou trabalhar para que, um dia, possa competir com eles.”
O talento está à vista. A ambição também. Seixas está ainda a dar os primeiros passos, mas promete ser mais do que apenas mais um nome promissor no ciclismo francês. O futuro, esse, parece estar bem encaminhado.