Valentin Paret-Peintre pode estar temporariamente afastado das estradas, mas já tem os olhos postos no futuro — mais precisamente em 2027. O francês da Soudal–Quick-Step marcou presença no anúncio oficial dos Campeonatos do Mundo UCI de 2027, que terão lugar na Haute-Savoie, e não escondeu a emoção de ver a Côte de Domancy a regressar ao centro do ciclismo mundial.
“Essa colina traz-me muitas imagens à memória”, partilhou o francês à
Cyclism’Actu. “Penso logo no acidente do Chris Froome em França e na vitória do Romain Bardet nesse mesmo dia. E claro, na vitória do Hinault, mesmo que eu ainda nem fosse nascido.”
Uma recuperação ainda em curso
Depois de um início promissor com a nova equipa, Paret-Peintre sofreu uma fratura no sacro durante a última etapa do Tirreno-Adriatico. A lesão, inicialmente não detetada, obrigou a um período de paragem mais prolongado: “Já passaram mais de duas ou três semanas sem treinar. Amanhã farei uma nova radiografia e veremos se posso voltar à bicicleta.”
Apesar da frustração natural, o francês mantém a serenidade: “É uma paragem, sim, mas não é uma lesão grave. São três semanas fora. A época ainda vai longa e há muitos objetivos por vir.”
Giro em dúvida, Tour em aberto
Estava inicialmente previsto que Paret-Peintre integrasse o alinhamento da Soudal–Quick-Step para o Giro, mas essa presença parece agora remota:
“Não digo que esteja fora, mas é muito improvável. A porta ainda não está fechada, veremos em função do meu regresso.”
Já uma possível participação na Volta a França está em cima da mesa, embora sem qualquer certeza no momento: “Talvez seja possível. Se tudo correr bem, talvez regresse no Critérium du Dauphiné, mas é tudo ainda muito vago. Só depois do regresso aos treinos poderemos definir um calendário.”
Correr ao lado de Evenepoel
A lesão impediu também a sua participação no estágio de altitude na Serra Nevada, onde teria partilhado estrada com Remco Evenepoel:
“Era uma boa oportunidade para nos conhecermos melhor, mas infelizmente não aconteceu. Ainda não tive oportunidade de estar com ele. Agora espero que ele brilhe quando voltar a competir.”
Com a esperança de voltar à competição dentro de semanas, Paret-Peintre sabe que 2025 ainda pode trazer grandes momentos. Mas à medida que a contagem decrescente para os Mundiais em casa se inicia, a Côte de Domancy deixa de ser apenas uma colina histórica e passa a ser um destino pessoal.
Se quiseres, posso compilar as corridas onde o Paret-Peintre mais se destacou ou desenhar um calendário teórico de regresso tendo o Dauphiné e o Tour como metas.