Bruno Armirail chegou a Kigali com ambições genuínas de finalmente entrar no top cinco num
Campeonato do Mundo de contrarrelógio. O campeão francês impressionou ao longo da temporada, com um 4º lugar no contrarrelógio da Volta a França e exibições fortes na Volta a Espanha, e não escondeu o objetivo de subir ao pódio no último domingo.
No entanto, o rolador da equipa
Decathlon AG2R La Mondiale Team teve que se contentar com o 8º lugar, um resultado recorde na sua carreira nos mundiais, mas que o deixou frustrado, dadas as suas expetativas. "Vim aqui com o objetivo de ficar no top cinco, talvez até num pódio",
confessou ao DirectVelo. "Estou um pouco desapontado com a minha performance. Foi decente, mas não estava num grande dia. O calor e a altitude tornaram o esforço ainda mais exigente. Não podia dar tudo o que queria, e as duas últimas subidas foram realmente duras".
Armirail terminou com uma diferença de 30 segundos para o medalhista de bronze Ilan van Wilder e apenas 26 segundos atrás de Isaac Del Toro, 5º classificado, que por pouco não subiu ao pódio. Esta proximidade às medalhas deu ao francês a confiança de que um grande resultado está ao seu alcance. "Isso mostra que é possível. Sei que posso estar lá em cima. Só temos que acreditar", disse.
Frustração francesa em Kigali
O exigente circuito ruandês expôs as limitações de vários ciclistas, principalmente na subida empedrada perto do final do percurso. Armirail admitiu que provavelmente perdeu tempo ali, mas não foi o único corredor francês a sair de Kigali desapontado. O jovem compatriota
Paul Seixas, com apenas 18 anos e a fazer a sua estreia nos mundiais de elite, suportou o que descreveu como uma "falha" depois de terminar em 16º, mais de quatro minutos atrás do vencedor Remco Evenepoel. A sua franca autocrítica sublinhou os elevados padrões e ambições dentro da equipa francesa.
Armirail não alinhará na corrida de estrada do próximo fim de semana, mas a atenção vira-se rapidamente para o contrarrelógio por equipas misto, onde se espera que seja uma peça fundamental do esforço francês. "Esperamos levar para casa pelo menos uma medalha e por que não um título? Seria especial. Temos uma equipa muito forte, mesmo que não sejamos os únicos. A Austrália, por exemplo, com Vine, Plapp, Matthews, será muito difícil de bater. Será uma grande batalha".
Por enquanto, contudo, Armirail terá de lidar com uma performance agridoce: o seu melhor resultado de sempre num Campeonato do Mundo, mas não o pódio que sentiu estar ao seu alcance.