A temporada de 2025 do WorldTour terminou em alta rotação, deixando uma certeza: o futuro do ciclismo já chegou. Numa época dominada pelo talento jovem, uma nova geração de fenómenos emergiu, disputando vitórias frente aos maiores nomes do pelotão. Dos trepadores de elite aos sprinters de classe mundial, estes sete ciclistas mudaram o equilíbrio de forças da modalidade, e agora competem por um lugar simbólico no trono de Ciclista Revelação de 2025 dos Prémios CiclismoAtual
Isaac del Toro (UAE Team Emirates - XRG): 18 vitórias
O mexicano de 21 anos foi, sem dúvida, a sensação da temporada. Depois de dominar o Tour de l’Avenir em 2023,
Isaac del Toro confirmou todo o potencial ao terminar em 2.º lugar na Volta à Itália, depois de liderar a corrida durante várias etapas.
Acumulou 18 vitórias em 2025, entre elas triunfos na Milan-Torino, Volta à Áustria, Volta a Burgos e várias clássicas italianas. O seu final de época foi simplesmente devastador. Em outubro, já ocupava o 3.º lugar no ranking mundial da UCI, tornando-se o ciclista mais jovem da história a alcançar tal feito.
Com uma combinação rara de resistência, aceleração e visão de corrida, del Toro é visto como o herdeiro natural de Pogacar, um prodígio que promete marcar a próxima década.
Florian Lipowitz (Red Bull - BORA - hansgrohe): 0 vitórias
Nem todas as revelações precisam de levantar os braços para impressionar.
Florian Lipowitz, de 23 anos, terminou em 3.º na Volta a França, logo na sua estreia. Além de conquistar a camisola branca de melhor jovem, o alemão subiu ao pódio em corridas como a Paris-Nice e o Critérium du Dauphiné.
A sua regularidade e maturidade tática chamaram a atenção de todo o pelotão, com Jens Voigt a classificá-lo como “o melhor do resto” atrás de Pogacar e Vingegaard. Com o seu perfil de trepador puro, Lipowitz parece pronto para assumir a liderança da geral da Red Bull ao lado de Remco Evenepoel e Roglic.
Oscar Onley (Team Picnic PostNL): 1 vitória
Aos 22 anos,
Oscar Onley foi o britânico mais jovem de sempre a terminar no top-10 da Volta a França, e fê-lo em 4.º lugar, a menos de um minuto do pódio. A consistência nas montanhas e o controlo tático mostraram que o ciclista escocês é muito mais do que uma promessa.
O pódio na Volta à Suiça reforçou o seu estatuto de novo líder natural, num país que há muito ansiava por um sucessor à altura dos grandes nomes britânicos.
Paul Seixas (Decathlon AG2R La Mondiale): 0 vitórias
O francês de 19 anos foi uma das revelações mais precoces da década.
Paul Seixas venceu o Tour de l’Avenir, terminou no top-10 do Dauphiné e conquistou a medalha de bronze nos Campeonatos da Europa, apenas atrás de Pogacar e Evenepoel.
Sem ainda ter estreado numa Grande Volta, já é considerado por muitos o herdeiro natural do sonho francês de um novo vencedor da Volta a França. 2026 deverá ser o seu primeiro grande teste entre os melhores.
Paul Magnier (Soudal - Quick-Step): 19 vitórias
O francês de 21 anos foi um autêntico fenómeno. Apenas Pogacar venceu mais vezes em 2025.
Paul Magnier acumulou 19 vitórias, entre elas o Dwars door het Hageland, o GP de Fourmies e um domínio absoluto na Volta a Guangxi, onde ganhou cinco etapas em cinco dias.
Mostrou-se versátil, vencendo tanto em terrenos clássicos com paralelos como em sprints puros. Rapidez, resistência e instinto assassino fazem dele o novo rei dos sprints franceses, e uma ameaça constante ao domínio dos especialistas da Lidl-Trek e da Alpecin-Deceuninck.
Matthew Brennan (Team Visma | Lease a Bike): 12 vitórias
Com apenas 20 anos, Matthew Brennan tornou-se um dos jovens mais promissores da Visma. Venceu etapas na Volta à Alemanha, na Volta à Polónia e a classificação geral da Volta à Noruega.
Além disso, brilhou na Volta à Catalunha, onde substituiu Vingegaard e venceu em montanha frente a veteranos do World Tour. Com o seu estilo explosivo e leitura de corrida madura, Brennan é visto como o próximo finalizador todo-o-terreno da estrutura neerlandesa.
Uma época que mudou o futuro
Se 2024 foi o ano da afirmação de Pogacar como Campeão do Mundo, 2025 foi o ano da nova geração.
Del Toro mostrou-se pronto para vencer Grandes Voltas, Lipowitz e Onley redefiniram o perfil do trepador moderno, Seixas confirmou a esperança francesa, Magnier transformou-se numa máquina de vitórias e Brennan num talento polivalente.
O pelotão está a mudar rapidamente, e esta lista é a prova de que o futuro já começou, agora falta apenas decidir quem merece o título de Ciclista Revelação de 2025.