Wilco Kelderman também se resigna perante o líder da UAE: "Quando Pogacar está tão forte, simplesmente é difícil"

Parecia que tudo jogava a favor da Team Visma | Lease a Bike no teste de montanha de sexta-feira. Com os seus dois melhores domestiques das montanhas, Matteo Jorgenson e Wilco Kelderman, prontos para apoiar o ataque de longo distancia de Jonas Vingegaard, mas mais uma vez o dinamarquês não se sentiu bem durante a etapa e, assim, a Visma mudou para o plano B - vencer a etapa.

Kelderman tentou lançar o seu colega americano na última subida e, durante muito tempo, pareceu que Jorgenson poderia realmente conseguir a etapa. Até que o camisola amarela passou por ele a voar e acabou com o sonho do jovem de 25 anos. "Tive realmente um grande dia hoje", disse Kelderman depois da etapa à NOS. "Para mim foi um grande dia para andar na fuga, mas é uma pena que não tenhamos ganho a etapa. E que o Jonas não esteja tão bem. Acho que é óptimo o 2º lugar e tudo o que ele conseguiu alcançar. Não pode ser sempre uma festa, por isso estou muito orgulhoso dele, da forma como continua a lutar. Mas gostávamos de ter ganho a etapa aqui".

A intenção era que Kelderman e Jorgenson dessem assistência a Vingegaard, caso este tivesse vontade de atacar de longe. "Era esse o plano. Claro que correu muito bem, mas é preciso ter pernas. Se virmos de onde ele vem e que teve um período tão curto para se preparar, então é lógico que não esteja super no Tour. Fizemos tudo o que podíamos e temos uma equipa tão forte que também podemos mudar de estratégia durante a corrida, para acabarmos por ganhar a etapa. Isso também é muito bom".

Ainda há mais duas etapas em que podem ser feitas diferenças, mas Kelderman não espera que Vingegaard passe Pogacar na Geral em circunstâncias normais. "A vitória no Tour não acontecerá ou será muito difícil. Isso é claro. A diferença é muito grande. Acho que para já, é só lutar pelo pódio."

Na última subida, Kelderman pôs-se ao serviço de Jorgenson. "Falámos durante o percurso e ele esteve muito bem. Eu também estive bem, mas sei que o Matteo é normalmente um pouco melhor. Com Carapaz e Yates lá, sei que vai ser muito difícil para mim. Por isso, dei o meu melhor para que o Matteo conseguisse tirar o máximo partido da corrida. Esperava que aqueles quatro minutos fossem suficientes, andámos muito para isso. Não foi nada normal. Mas quando Pogacar está tão forte, simplesmente é difícil."