Zonneveld não hesita em colocar Vingegaard como "vencedor do dia" na 1ª etapa: "Não vimos esta versão dele no ano passado"

Ciclismo
segunda-feira, 09 junho 2025 a 11:02
jonasvingegaard tadejpogacar
O Critérium du Dauphiné 2025 teve um arranque absolutamente sensacional este domingo, com as grandes estrelas a entrarem em cena logo na etapa de abertura. Jonas Vingegaard, Tadej Pogacar, Mathieu van der Poel e Remco Evenepoel lutaram pela vitória, mas, apesar de Pogacar ter levado a melhor, terá sido Vingegaard o "verdadeiro vencedor" do dia?
Essa é, pelo menos, a opinião de Thijs Zonneveld. O ex-ciclista neerlandês, agora analista e comentador do podcast In de Waaier, não hesitou nas suas reflexões pós-etapa: “Diria que o Vingegaard foi o verdadeiro vencedor de hoje”, afirmou.
Vingegaard iniciou a movimentação que discutiria a etapa
Vingegaard iniciou a movimentação que discutiria a etapa
Zonneveld destacou sobretudo o desempenho da Team Visma | Lease a Bike: "Nunca vi a Visma tão afiada no final de uma corrida do WorldTour este ano. O número de camisolas amarelas na frente foi impressionante. E isto sem Van Aert! É um excelente presságio para a Volta a França".
O ataque de Vingegaard, que originou o grupo decisivo, foi outro dos pontos elogiados: "Adorei. Foi ele quem lançou o ataque. Nos anos anteriores, limitava-se a seguir Pogacar. Agora é ele quem toma a iniciativa. Só se faz isso quando se está confiante".
Segundo Zonneveld, este desempenho representa um claro sinal de evolução: "Foi tão explosivo, tão preciso. Não vimos esta versão dele no ano passado. O que, claro, é compreensível".
Apesar de Vingegaard ter sido o mais incisivo, todos os grandes nomes estiveram ativos: “Teve uma queda em Março e não corria desde então por causa de uma concussão. Evenepoel também teve problemas durante o inverno. Van der Poel partiu o pulso, é quase um milagre que tenha estado à partida. E Pogacar... esse já arrasou toda a gente na primavera”, lembra Zonneveld.
O analista neerlandês elogia ainda a atitude competitiva e descontraída do quarteto de estrelas: "Há algo de lúdico, quase infantil. Como se o Pogacar andasse pela rua com uma bola debaixo do braço, tocasse à campainha - ‘Amigo, queres vir brincar?’ - e o Mathieu, o Jonas e o Remco corressem para juntar-se a ele".
"Durante todo o ano, é uma competição para ver quem é o maior cão, a exercer pressão constante uns sobre os outros", conclui. "Todos eles estão a jogar com a possibilidade de cederem. Mentalmente, não têm medo de pedalar no limite. Isso faz parte da essência do ciclismo, guardar sempre uma carta para jogar no final".
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