Toon Aerts foi em tempos o ciclista de ciclocrosse mais perto esteve do nível de Mathieu van der Poel e Wout van Aert. Uma suspensão de dois anos por um caso de doping impediu-o de competir, mas pouco a pouco, parece estar de regresso à sua boa forma e, aos 31 anos, parece estar de novo no auge, após um 2º lugar na última ronda da Taça do Mundo, em Dublin. No podcast 'Live Slow, Ride Fast', a estrela do Deschacht Hens Maes falou do acidente de Remco Evenepoel, recordando um acidente que ele próprio sofreu.
Há alguns anos, Aerts foi atropelado na semana anterior ao cruzamento de Namen. "Vi um camião a aproximar-se e pensei: 'Ainda consigo passar'", começa por contar Aerts. "Atravessei o cruzamento a toda a velocidade, mas não vi um carro. Bati de frente com o carro".
O ciclista saiu ileso. "Mas a pessoa que me atropelou estava completamente fora de si. Começou a chorar porque tinha atropelado o Toon Aerts. E ainda por cima mesmo antes di cruzamento de Namen. Começou a chorar cada vez mais".
Aerts sugeriu-lhe que se sentasse na bagageira do carro durante algum tempo para se acalmar. "Ele disse: 'Isso não é possível, está cheio de esperma'. Eu pensei: 'Devo ter percebido mal'. Um dia depois fui preencher a papelada do seguro e ele revelou-me que era um criador de porcos", relembra, rindo-se.
Em seguida, Aerts falou de uma forma mais séria sobre os acidentes que ocorrem durante os treinos que afectam os ciclistas de hoje. "Um sobrinho da minha namorada também começou a correr, um pouco motivado por mim. Seria terrível se ele tivesse um acidente durante um treino".
Aerts também comentou: "Digo-lhe muitas vezes: "Faz os teus exercícios ali, ou faz os seus sprints ali". Porque, por exemplo, pode estar a fazer sprints numa estrada principal entre camiões. É também uma questão de o saber. Isso vai-se aprendendo com o tempo, quanto mais velhos estamos, ficamos mais conscientes das coisas".