Florian Vermeersch faz segundo nos Mundiais atrás de Mathieu van der Poel: "O que estava em causa era quem era o mais forte. E acho que toda a gente viu quem era"

O Campeonato do Mundo de Gravel apresentou hoje alguns dos melhores ciclistas do mundo nos sectores de todo-o-terreno. Numa corrida que poderia favorer os ciclistas de estrada, não foi surpresa vermos os homens do World Tour a ocuparem a frente da corrida. Florian Vermeersch já tinha provado o seu valor no passado no gravel e hoje voltou a demonstrá-lo. Terminou em segundo lugar e foi o homem que mais luta deu a Mathieu van der Poel, mas o belga admitiu que esteve muito longe de poder vir a alcançar a vitória na corrida.

De longe, van der Poel atacava, enquanto Vermeersch fazia uma corrida mais conservadora. "Foi uma corrida difícil e dura desde o início. O ritmo era muito elevado e quando chegámos ao circuito final [em Leuven], já estavamos poucos homens na frente." O ciclista da Lotto Dstny tem experiência em corridas com este tipo de terrenos e conseguiu apresentar muito boas pernas na secção decisiva da corrida.

"Eu sabia que quando estávamos sete ciclistas no grupo, eu tinha de ser um dos primeiros a saltar. O ideal seria conseguir que o Mathieu ou outro homem se juntasse a mim", explica. Foi exatamente isso que aconteceu e com um ataque bastante forte, o duo conseguiu isolar-se na frente da corrida. De todos os belgas presentes ele era o que demonstrava estar mais forte, e tinha consigo um rival bastante duro para bater, se quisesse conquistar a camisola arco-íris.

A 13 quilómetros do fim, numa das últimas subidas do circuito final, van der Poel atacou e Vermeersch não respondeu. A partir daí, era uma questão de manter o segundo lugar, uma tarefa que não se revelou difícil, uma vez que tinham acumulado vários minutos sobre o grupo perseguidor.

"Naquele momento o que estava em causa era quem era o mais forte. E acho que toda a gente viu quem era", admite. "É claro que se tem sempre a esperança, mas eu rapidamente percebi que ele estava melhor do que eu. As curvas dele eram mais longas e mais rápidas. Nessa altura percebi que provavelmente iria disputar o segundo lugar. Este segundo lugar é incrivelmente bom. É inimaginável", concluiu o futuro ciclista da UAE Team Emirates.