"Queria sair do meu corpo" Skovgaard sofre uma queda grave e espera duas horas por ambulância

Gravel
quarta-feira, 11 junho 2025 a 10:53
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A atleta dinamarquesa de 22 anos, Klara Sofie Skovgaard (Canyon Factory Racing), participou na Unbound Gravel, prova que se realizou no Kansas Flint Hills, Estados Unidos, sofreu uma queda grave no início da corrida de elites femininas e esteve 90 minutos numa valeta à espera de receber a chegada da assistência médica.
A Unbound Gravel tornou-se no evento de gravel mais importante do mundo, oferecendo aos participantes a opção de escolherem uma das cinco distâncias da corrida e atraem anualmente mais de 5.000 ciclistas federados. As distâncias do evento variam entre 25 milhas e 350 milhas, sendo a corrida de 200 milhas tida como o evento principal. A natureza remota e acidentada do percurso faz parte do atrativo e da lenda da corrida, mas também apresenta desafios para a resposta a situações de emergência.
Skovgaard caiu, tendo deslocado e fraturado um ombro e 'aberto' um joelho, esperou 90 minutos pela assistência médica e 2 horas pela chegada da ambulancia. Agora a atleta recorreu à sua conta oficial do Instagram para contar na primeira pessoa o que viveu no passado sábado.
"Eu caí cedo na ‘Unbound’ e fui encontrada numa valeta com um ombro fraturado e deslocado e um joelho aberto. Os meus anjos Luise Valentin (Enough Cycling Collective) e Lucy Hempstead (Classified x Rose) pararam as suas corridas para me ajudar e ficaram comigo durante 90 minutos até que a primeira assistência chegasse. Eu queria sair do meu corpo, já que estava a ficar em hipotermia."
A organização tinha helicópteros e buggys 4x4 da comunicação social a acompanhar a prova, mas nenhum deles trazia apoio médico, que tardou em chegar "Ao fim de duas horas, a ambulância finalmente chegou" para ser transportada para um hospital local onde seria submetida a uma cirurgia.  
"Viajar pelo mundo para competir significa aceitar riscos, mas nunca esperei sentir-me insegura. Espero verdadeiramente que os organizadores trabalhem para melhorar os acessos de emergência. Foi irónico olhar para cima e ver um helicóptero de imprensa com transmissão ao vivo."  
Skobgaard termina o seu comunicado agradecendo a quem esteve do seu lado "Estarei eternamente grata a todos os que se ofereceram ajuda e carinho quando as coisas se complicaram. Obrigado à minha equipa por me ter acompanhado ao longo disto e um grande obrigado aos meus patrocinadores por me terem apoiado antes e depois deste grande evento"

Após a operação

"Acho inacreditável que tenham passado várias motas e helicópteros dos meios de comunicação social sem um único médico", disse após a operação Skobgaard à Cycling Weekly. "Penso que o mais importante é criarmos consciência para outros eventos no futuro. O meu capacete partiu-se em dois e podia ter sido muito pior. Neste caso, 90 minutos é simplesmente demasiado tempo. Felizmente, estou bem e em segurança".
"Passaram por mim alguns colegas do mesmo grupo etário que o meu, que trabalham como médicos e enfermeiros. Deram-me um cobertor de emergência quando eu estava deitada. Mas a responsabilidade não deve ser dos outros ciclistas, embora eu esteja incrivelmente grata pela bondade deles", disse.
Apesar das múltiplas insistências feitas, a organização continua sem se pronunciar sobre este grave incidente até à data
Foto: Facebook
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