Maxim Van Gils admite frustração com época de altos e baixos: "Em 2024, podia lançar um dardo de olhos fechados e acertava no alvo"

A Red Bull - BORA - Hansgrohe está longe de corresponder às expectativas nesta temporada de 2025, e Maxim Van Gils é um dos rostos mais marcantes dessa frustração. Depois de um inverno em que mudou da Lotto para a equipa alemã, o belga não tem conseguido mostrar o nível que o levou ao pódio na Strade Bianche e na La Flèche Wallonne em 2024, não obstante de já ter erguido os braços em 2 ocasiões, uma etapa na Volta à Andaluzia e outra na Volta à Noruega.

A explicação, segundo o próprio, passa por uma combinação de problemas físicos e desafios de adaptação à nova realidade. “O estranho é que senti-me sempre mal durante os treinos no ano passado, mas em corrida, tudo se encaixou”, disse ao Het Nieuwsblad.

"Podia praticamente lançar um dardo de olhos fechados e acertava no alvo. Este ano, fiz as coisas de forma muito mais correta e muitas vezes tive uma sensação melhor, mas agora tudo correu mal. Claro que não é isso que se quer", lamenta. "Tinha acabado de entrar para uma nova equipa. Queremos mostrar a melhor versão de nós próprios. Não foi exatamente esse o caso".

Van Gils reconhece que a transição teve mais impacto do que previa: “Não é que hoje fizesse uma escolha diferente, continuo a apoiá-la totalmente, mas o inverno foi diferente do habitual”, afirmou. "Foi mais sobre a transferência do que sobre os treinos. Reuniões, discussões, viagens. Talvez eu tenha subestimado isso. Talvez com um inverno de topo, tivesse encontrado a minha forma mais rapidamente após uma doença".

A ausência da equipa nas decisões das Clássicas da primavera, tanto nas provas da Flandres como nas Ardenas, espelhou a falta de protagonismo de Van Gils. Ainda assim, o belga de 24 anos mantém-se sereno e focado no que aí vem.

“Não é que eu estivesse a chorar na cama ou a andar deprimido. Mesmo na semana das Ardenas consegui aguentar tudo”, disse. "E não, não pude fazer as minhas corridas como queria. Mas entrar em pânico? Não. Assinei contrato por três anos. Não estamos com pressa. Ainda há tempo para atingir os meus objetivos".