A EF de Ben Healy, a entusiasmante Uno-X, duas equipas que precisam de dar provas de vida e a estreia na Tudor no Dauphiné

Ciclismo
sábado, 07 junho 2025 a 19:18
healy
A EF Education-EasyPost apresenta-se no Dauphiné com um misto de juventude e experiência, com 5 elementos abaixo dos 25 anos, a contarem para a juventude, e 2 elementos acima dos 30 anos. Um conjunto para ganhar etapas e, quem sabe para fazer um teste na geral com Ben Healy.

Alinhamento da EF Education-EasyPost para o Critérium du Dauphiné

Ben Healy
Esteban Chaves
Alastair Mackellar
Lukas Nerurkar
Michael Valgren
Ben Healy venceu uma etapa na Volta ao País Basco 2025, com um solo de 57km. Das 9 vitórias como profissional, chegou sozinho à meta em 8
Ben Healy venceu uma etapa na Volta ao País Basco 2025, com um solo de 57km. Das 9 vitórias como profissional, chegou sozinho à meta em 8
Ben Healy está naqueles anos da carreira em que terá que decidir se vai lutar por clássicas e ganhar etapas ou focar-se nas classificações gerais. Em 2025, nas clássicas, esteve verdadeiramente irrepreensível - 4º na Strade Bianche, 10º na Amstel Gold Race, 5º na Fleche Wallone e 3º na Liege-Bastogne-Liege, ao passo que nas corridas por etapas terminou ambas no top 30, ganhando uma tirada na Volta ao País Basco, penso que o Dauphiné é uma boa corrida para se testar na geral, se não conseguir, terá a tenacidade de ir para uma fuga e procurar ganhar uma jornada alpina.
Baudin e Ryan não estão a andar ao nível de 2024, o francês ainda procura adaptar-se à nova equipa e já deu alguns bons sinais na Volta à Romandia, onde foi 2º numa etapa e chegou a liderar a geral, ambos devem ter liberdade para fazer a sua corrida, dando uma mãozinha a Healy, se necessário.
Ryan tem também uma boa ponta final e pode entrar no top 10 nos sprints mais duros. Nerurkar tem tido uma época marcada por lesões, quererá, acima de tudo, manter-se em cima da bicicleta e ganhar ritmo competitivo.
Mackellar e Valgren vão trabalhar nos terrenos planos e média montanha. Chaves é o capitão de equipa, a sua experiência na montanha é fundamental para os mais jovens.
Terceira presença consecutiva da Uno-X Mobility no Dauphiné, com vista ao grande objetivo do ano, a Volta a França. Não trazem Kristoff, vejamos se isso é uma indicação para o Tour, mas vêm focados em ganhar etapas.

Alinhamento da Uno-X Mobility para o Critérium du Dauphiné

Tobias Johannessen
Stian Fredheim
Markus Hoelgaard
Andreas Kron
Magnus Cort deve estar a "esfregar as mãos" com alguns dos finais que tem aqui, perfeitos para as suas características. Este ano tem 3 vitórias, todas no Gran Camiño, mas somou mais alguns resultados de destaque. No ano passado ganhou uma etapa, porque não repetir o objetivo?
Leknessund pode ser a aposta para a geral, vejamos se um top 10 não é demasiado ambicioso para o que tem andado em 2025, mas nunca nos esqueçamos que já fez top 10 numa grande volta, a Volta a Itália de 2023.
Johannessen poderia ser outro nome apontado à geral, começou bem a temporada com um 16º lugar na Volta à Andaluzia e um 11º posto no Tirreno-Adriatico, porém não corre desde final de março e a sua condição física é um grande ponto de interrogação.
Para as chegadas mais planas, a opção é Waerenskjold, soma 2 vitórias este ano, ainda que tenham sido nos primeiros meses. Aqui, poderá conseguir um ou outro top 5. Conta com Hoelgaard e Kron para o lançar.
A Intermarché-Wanty começa a meter-se em caminhos apertados, fizeram uma péssima Volta a Itália, à semelhança da restante temporada, onde somam apenas 2 vitórias. No Dauphiné, o objetivo será ganhar etapas, ainda que o cenário não se avizinhe fácil.

Alinhamento da Intermarché-Wanty para o Critérium du Dauphiné

Kamiel Bonneu
Dries de Pooter
Hugo Page
Tom Paquot
Dion Smith
Meintjes vem diretamente do Giro, onde nem conseguiu fazer top 10 na geral - foi 18º - nem esteve perto de ganhar uma etapa - 0 top 10. A classificação da montanha poderia ser um bom objetivo no Dauphiné, vejamos se ainda tem combustível no tanque.
Barré tem sido um dos melhores elementos da equipa este ano, tem 6 top 10, pode parecer pouco, mas tem sido dos poucos a remar contra a maré, mostrando-se muito ofensivo, quem sabe se essa postura não o vai recompensar brevemente.
Page poderá conseguir um ou outro top 10 ao sprint, não está em boa forma, mas a concorrência não é muita. Os restantes elementos devem entrar em fugas e tentar ajudar os ciclistas referidos acima.
Nota-se que a Árkea - B&B Hotels é uma equipa com recursos limitados, já perderam o comboio do worldtour e podem fazer um pouco como aquelas equipas de futebol que já estão despromovidas a 4 ou 5 jornadas do fim, jogam sem pressão e até ganham alguns jogos.

Alinhamento da Árkea - B&B Hotels para o Critérium du Dauphiné

Anthony Delaplace
Victor Guernalec
Michel Ries
Louis Rouland
Pierre Thierry
Venturini é o sprinter de serviço, aguenta bem as montanhas de 3ª e 4ª categoria e pode conseguir alguns top 10, já leva 7 este ano. Os irmãos Guernalec são muito combativos, o Thibault é o mais conhecido, mas foi o Victor quem já ganhou esta temporada. Espero muita combatividade dos restantes elementos, quem sabe alguns dias de liderança na classificação da montanha.
Nota para o jovem Rouland, que conseguiu bons resultados em sub-23, como o 5º posto no Cicuit de Ardennes ou o 6º lugar na Corrida da Paz, estou curioso para ver como se porta nesta primeira temporada como profissional.
A Tudor Pro Cycling estreia-se no Dauphiné e não trazem nenhuma das 2 principais estrelas: Marc Hirschi e Julian Alaphilippe, o que, de certo modo, mostra a profundidade do plantel. Não obstante, apresentam-se com um 7 muito interessante.

Alinhamento da Tudor Pro Cycling Team para o Critérium du Dauphiné

Mathys Rondel
Jakob Eriksson
Lucas Eriksson
Roland Thalmann
Fabian Weiss
Podia começar pelo elemento mais conhecido, mas vou iniciar esta análise com 2 jovens muito promissores. Rondel fez top 10 no Tour de l'Avenir e no Giro Next Gen e confirmou esses resultados na 1ª temporada a tempo inteiro como profissional - 17º na Volta ao Omã, 4º no Giro d'Abruzzo e 9º na Volta à Romandia, resultados que deixam água na boca para esta corrida, sem pressão, vejamos até onde pode chegar na geral.
O outro jovem promissor é Wilksch, este está a tardar um pouco mais, enquanto sub-23 até fez melhor que Rondel, ao ser 3º no Giro Next Gen, mas também tem muita qualidade, deverá ser uma ajuda importante para o francês na montanha.
Para o sprint, trazem Matteo Trentin, um ciclista que parece começar a sentir o peso da idade, mas é um homem de grandes momentos e não me surpreenderia nada se sacasse um coelho da cartola, como um top 5 ou um pódio.
Os restantes elementos vão trabalhar no plano, os irmãos Eriksson podem ser fundamentais no comboio do italiano.
Original: Miguel Marques
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