Remco Evenepoel viveu uma jornada atribulada na 12.ª etapa da
Volta a França 2025, mas demonstrou grande capacidade de sofrimento ao resistir a um dia difícil nos Pirenéus. Depois de ter descolado a mais de 50 quilómetros da meta, o belga da
Soudal - Quick-Step soube limitar os estragos, pedalando ao seu próprio ritmo e mantendo vivas as suas aspirações ao pódio final.
"Não tive as melhores sensações desde o início da etapa. Mesmo nas partes planas, sentia as pernas pesadas", confessou Evenepoel
após a etapa. "Nas subidas tentei encontrar o meu ritmo e fazer uma espécie de contrarrelógio de 50 quilómetros. Foi uma longa batalha contra mim próprio, com a minha cabeça e as minhas pernas." O esforço acabou por ser suficiente para manter o terceiro lugar da geral, atrás de Pogacar e Vingegaard.
"Não é que tenha corrido de forma inteligente, era apenas a única forma possível de correr hoje. Lutei com o pódio de Paris em mente", explicou o belga, sublinhando a sua atitude. "As diferenças para o Tadej eram muito grandes, mas em relação aos outros mantive-me na luta. Espero estar melhor amanhã para tentar alguma coisa no contrarrelógio. Quero manter a calma e dia após dia, esquecer este dia mau. O Tadej esteve muito acima de todos os outros hoje. Ainda faltam dez dias de corrida, mas ele deu um grande passo para vencer a Volta a França."
Apesar da sua performance combativa, Evenepoel não deixou de criticar abertamente a forma como algumas equipas se comportaram tacticamente ao longo da etapa. "Algumas equipas correram hoje como se estivessem ali para o apoiar (Pogacar ed.) e a UAE Team Emirates, o que não é a forma correta de fazer as coisas", disparou. "A mentalidade tem de mudar, especialmente quando a Camisola Amarela já está tão longe. Não podemos entregar-lhe a corrida de bandeja."