Tadej Pogacar e a UAE Team Emirates não tinham qualquer intenção de lutar pela vitória na 16ª etapa, mas com a Movistar Team a trabalhar arduamente durante todo o dia na frente do pelotão para manter a fuga sob controlo, o Maglia Rosa acabou por aproveitar a vantagem na subida final para conquistar a sua 5ª vitória em etapas da prova italiana.
Dado o que aconteceu no final da etapa, as tácticas da Movistar Team foram tema de muita discussão, com alguns a questionarem o porquê de terem levado de bandeja Pogacar até à subida final, propocionando-lhe mais uma vitória numa etapa. No entanto, após a etapa, tanto o líder da equipa, Einer Rubio, como o anterior vencedor de uma etapa do Giro, Pelayo Sanchez, tentaram explicar os pensamentos por detrás da táctica da equipa.
"Sabíamos que o Einer estava com boas pernas, por isso quisemos tentar alguma coisa. Controlámo-lo porque ele disse que se estava a sentir bem", explicou Sanchez que, curiosamente, decidiu atacar em vez de trabalhar na frente quando chegou a sua vez. "Ataquei para que o Einer pudesse ficar na roda, mas tive de parar para ganhar ritmo. Depois voltei a atacar, mas tive problemas com a bicicleta.. Tentei fazer outra coisa, mas estava vazio. Senti-me bem, tinha boas pernas e podia ter tido uma hipótese de vencer a etapa. É o que é."
"Quis tentar, apesar de sabermos que ia ser difícil," acrescentou Rubio na sua análise pós-etapa à Eurosport. "Talvez tenhamos dado demasiado, mas tivemos boas sensações e a equipa fez um trabalho fantástico. É pena que no final tenha faltado algo em mim. Estamos confiantes nesta terceira semana, que é sempre o nosso ponto forte. Esperamos atacar nos próximos dias. Estou muito grato à equipa pelo trabalho que fez."
No final da etapa, Rubio continua em 9º lugar na classificação geral, a 13:09 do líder da corrida, Tadej Pogacar.