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Lidl-Trek fez um investimento certeiro há dois Invernos, quando contratou
Jonathan Milan à Bahrain - Victorious. Desde então, o italiano evoluiu de promessa a vencedor consolidado, tornando-se uma referência no pelotão e uma peça-chave na máquina de sprints da equipa norte-americana. No Critério de Singapura, Milan falou à Marca sobre a sua filosofia de corrida e as motivações que o movem.
"O meu primeiro objetivo é divertir-me, porque se não nos divertirmos não podemos chegar ao fim da época", afirmou o ciclista de 24 anos. "Sou fã de tudo o que é rápido. Acho que a velocidade é algo de que sempre gostei; adoro essa sensação".
A paixão pela velocidade e o sucesso em 2025
Milan viveu uma temporada notável, coroada com a conquista da camisola verde na Volta a França, onde confirmou a sua transformação num sprinter completo. Em Singapura, na corrida de exibição que reuniu nomes de topo como Jasper Philipsen e Biniam Girmay, voltou a exibir o seu poder explosivo e celebrou a vitória, uma amostra da confiança que carrega após um ano de afirmação.
Por detrás do sucesso, há uma busca constante por evolução. "É a adrenalina que nos dá; leva-nos sempre a ir um pouco mais longe. Eu adoro isso. Sempre que a época termina, faço a mesma pergunta a mim próprio: o que é que posso melhorar? Tenho a sorte de ter a equipa para a qual trabalho. Estamos a trabalhar na minha posição na bicicleta; não será nada de drástico, mas haverá alguns pequenos ajustes", explicou o italiano, deixando claro que o seu foco está nos detalhes.
Regresso à Volta a França?
Questionado sobre o futuro, Milan preferiu não confirmar se regressará à Volta a França em 2026. "Este ano conseguimos uma grande reviravolta em França. Agora temos de trabalhar no calendário da próxima época com o objetivo de ganhar e de nos divertirmos", afirmou, deixando a porta entreaberta.
Tudo indica, contudo, que a Lidl-Trek apostará em Mads Pedersen para liderar a equipa no Tour, após um ano de ausência. Milan, por sua vez, poderá centrar o seu calendário na Volta a Itália, onde o seu poder nos sprints e consistência já o colocam entre os favoritos a etapas e à luta pela camisola ciclamino.
Jonathan Milan é hoje o símbolo de uma geração de sprinters que alia potência e inteligência de corrida e, como o próprio diz, enquanto houver velocidade, haverá motivação para continuar a acelerar.