A Visma abre a porta a futuros desafios para Matteo Jorgenson: "Grandes Voltas? Ele já demonstrou que pode fazer grandes terceiras semanas"

Para Matteo Jorgenson, a sua campanha de estreia na Team Visma | Lease a Bike foi muito acima das expectativas esperadas por muitos. Sem perder tempo com adaptações, o norte-americano venceu a Paris-Nice, ficando em segundo lugar na Critérium du Dauphiné e garantindo o 8º lugar na geral na Volta a França. 

"No futuro porque é que o Matteo não pode liderar a equipa em Grandes Voltas? Ele já demonstrou que pode fazer grandes terceiras semanas, como no Tour", disse o treinador da Team Visma | Lease a Bike, Tim Heemskerk, em conversa com a Velo.  "Ainda não descobrimos todo o potencial do Matteo. Ele já esteve bem este ano e já nos familiarizámos ao trabalharmos juntos nas corridas e nos campos de treino. Por isso, temos a certeza de que ainda há mais para vir".

Também provou as suas capacidades em corridas de um dia, vencendo a Dwars door Vlaanderen e conquistando um top 10 na corrida olímpica de estrada, entre outros resultados. Como tal, a Visma ainda não classifica Jorgenson apenas como um ciclista de fundo. "Ainda estamos a descobrir as capacidades do Matteo", explica Heemskerk. "Talvez só o façamos se virmos que ele pode realmente beneficiar de uma especialização. Para já, queremos manter o calendário do Matteo em aberto. Ele acabou de fazer uma época fantástica, fazendo um pouco de tudo e ele gosta disso. Por isso por agora, e ele só tem 25 anos, porquê que vamos mudar isso?"

"O Matteo ainda está em fase de desenvolvimento", acrescenta Heemskerk. "Nos próximos anos poderemos vê-lo a seguir naturalmente uma determinada direção, como tentar ganhar uma Clássica ou uma Grande Volta. É nessa altura que teremos de fazer escolhas para o seu calendário que proporcionem a melhor preparação para esse objetivo."

"A direção que o Matteo levará vai depender da forma como ele crescer, mas também da gestão e da forma como precisarmos de preencher as funções para os nossos planos. Mas todos teremos de concordar que será a direção certa e se será necessário mudar as coisas. Mas esta não é a altura para o fazer", concluiu.