O DD da SD Worx -Protime ainda lamenta a queda de Demi Vollering na Volta a França que lhe custou a camisola amarela: "Foi decisiva porque perdemos aqueles malditos quatro segundos"

Num dos finais mais emocionantes de qualquer Grande Volta da história do ciclismo feminino, Demi Vollering da Team SD Worx - Protime perdeu a sua segunda Maillot Jaune consecutiva na Volta a França de 2024. No final apenas 4 segundos separaram a superestrela holandesa da vencedora da corrida, Katarzyna Niewiadoma.

Apesar da luta pela vitória ter durado até às últimas pedaladas na última subida da última etapa, na avaliação da maioria das pessoas após o final da corrida, o momento decisivo da Volta a França Feminina de 2024 ocorreu no final da etapa 5 em Amnéville. Vollering envergava a Camisola Amarela e caiu mesmo à entrada para a marca de segurança dos 3 km para a meta, tendo luta desesperadamente para voltar a entrar em contacto com o grupo principal antes da linha de chegada. No entanto, num momento que foi muito polémico, a Team SD Worx - Protime optou por não deixar a equipa para apoiar a sua líder, deixando Lorena Wiebes e Blanka Kata Vas a lutar na frente, com esta última a conquistar a vitória da etapa.

Esta escolha revelou-se algo decisiva, uma vez que tanto os fãs como os especialistas interrogaram-se sobre o facto de terem conseguido uma vitória na etapa, mas a que custo? No final das contas, Vollering perdeu 1:47m para Niewiadoma nesse dia, algo que se revelou decisivo quando a luta pela Maillot Jaune no final, acabou com a diferença de apenas 4 segundos.

É evidente que continua a ser um ponto de discórdia no seio da equipa. "Penso que a maior desilusão para nós foi a Volta a França", disse o diretor desportivo da Team SD Worx - Protime, Danny Stam, numa reflexão de fim de época para a Bici Pro. "A etapa foi decisiva porque perdemos aqueles malditos quatro segundos que custaram à Demi Vollering a camisola amarela."

Com Vollering a sair da equipa SD Worx - Protime quando o seu contrato terminar a 31 de dezembro para se juntar à rival FDJ - Suez, poderá a era de domínio da equipa no pelotão feminino estar a chegar ao fim? "Posso falar por nós e dizer que enquanto no ano passado dominámos as grandes voltas, este ano tomámos as rédeas das corridas de um dia, mas tudo pode mudar muito rapidamente", observa Stam. "Veremos. Não temos muitas líderes para as provas por etapas, para as classificações gerais. A Lotte Kopecky não vai poder fazer tudo, temos de estudar bem o calendário e definir objectivos específicos, medindo o resto com as forças que tivermos."