A etapa inaugural da
Volta a França Feminina 2025 proporcionou bem mais do que um simples sprint de grupo reduzido, como inicialmente se previa. Ao longo dos 78 quilómetros entre Saint-Jean-de-Brévelay e o topo da Côte de Cadoudal, a curta jornada foi marcada por reviravoltas, abandono de figuras importantes e um final tenso, onde
Marianne Vos, experiente como poucas, capitalizou sobre uma movimentação colectiva exemplar da
Team Visma | Lease a Bike para conquistar a vitória e a primeira camisola amarela da corrida.
A ação começou ainda na zona neutralizada, com uma queda que agitou o pelotão prematuramente. O percurso compacto, com final ideal para puncheurs, prometia uma luta intensa e pouco espaço para manobras. Assim foi: nenhuma fuga vingou, com o controlo partilhado entre a Visma e a
Team SD Worx - ProTime, que tinham em vista um desfecho explosivo em Plumelec.
Contudo, a SD Worx sofreu um duro golpe com o abandono de Marlen Reusser, que acusou sintomas de saúde não especificados. Para piorar o cenário, Elisa Longo Borghini ficou completamente arredada da luta pela geral ao perder tempo significativo nesta curta etapa. Sem capacidade de resposta, a equipa neerlandesa acabou por ser irrelevante nos momentos decisivos da jornada.
Já a Visma demonstrou astúcia e sangue-frio nos metros finais. Com todas as atenções centradas em Vos, Pauline Ferrand-Prévot atacou de forma fulminante dentro do último quilómetro, abrindo um espaço que gerou incertezas. O movimento provocou hesitação nas adversárias e obrigou Kim Le Court a lançar a perseguição. No entanto, Vos colou-se à sua roda e nos últimos metros arrancou para uma vitória categórica, confirmando o plano da equipa em pleno.
Le Court foi segunda, enquanto Ferrand-Prévot completou o pódio do dia. O resultado colocou imediatamente a Visma na frente da classificação geral, com Vos a assumir a liderança da corrida, reforçando a sua imagem de referência em finais explosivos.
A Volta a França Feminina começou, assim, com uma etapa curta, mas cheia de consequências. O abandono de Reusser, os segundos perdidos por Longo Borghini e a falta de estratégia da SD Worx contrastam com a assertividade da Visma, que jogou em equipa para colocar a sua estrela na liderança logo à primeira oportunidade.