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Team Visma | Lease a Bike partia como grande favorita para o contrarrelógio por equipas desta quarta-feira, mas em Figueres foi a UAE Team Emirates - XRG a impor-se, batendo a formação holandesa por oito segundos. A ausência de Axel Zingle, vítima de uma queda no início da
Volta a Espanha, complicou as contas da Visma, mas o co-líder
Matteo Jorgenson apontou outro fator decisivo: a leitura incorreta do vento.
"Penso que avaliamos mal o vento desde o reconhecimento. Pensávamos que teríamos vento de costas no início", explicou o norte-americano. "Foi por isso que nos atrasamos um pouco. Mas planeámos sempre ser mais rápidos na segunda parte. Se fomos mais fortes nesse sector, faz sentido por causa do vento de cauda. Voltamos a recuperar algum tempo, mas não foi suficiente para a vitória."
A diferença pode não ser determinante no desfecho da corrida, mas deixou um sabor agridoce na formação de Jonas Vingegaard, que apostava em ganhar terreno neste primeiro grande exercício coletivo. "Não foi um erro, mas viemos para cá para ganhar", admitiu Jorgenson. "Não conseguimos, mas é claro que esses sete segundos (oito, no final) não serão a margem de vitória em Madrid. Temos de analisar o dia de hoje e perceber porque é que não conseguimos vencer."
Apesar do contratempo, o norte-americano subiu posições na classificação geral, instalando-se em sétimo lugar, a 16 segundos do seu líder dinamarquês. O desafio será agora manter a consistência nas próximas semanas, depois de um Tour onde a sua prestação decaiu na segunda metade. "Consegui puxar muito e senti-me rápido. Temos de trabalhar em alguns detalhes, mas, pessoalmente, senti-me muito bem."
A Volta a Espanha entra agora numa fase decisiva, com a chegada a Andorra a espreitar no horizonte, onde os favoritos terão novo teste de fogo.