Alberto Contador aponta o potencial ponto decisivo da 15ª etapa do Giro: "O risco de perder tempo é muito real"

Ciclismo
domingo, 25 maio 2025 a 11:40
alberto contador giro eurosport 2025
Alberto Contador anteviu no Eurosport a etapa 15 da Volta a Itália 2025, que marca o início de uma sequência de cinco etapas de alta montanha nos Alpes, decisivas na luta pela classificação geral até à chegada a Roma. O antigo vencedor da Corsa Rosa destacou dois pontos críticos no percurso deste domingo: o Monte Grappa, com os seus intermináveis 25,1 km a 6%, e, sobretudo, a subida final de Dori, coroada a cerca de 30 km da meta em Asiago.
“Vamos analisar os dois sítios-chave da etapa. Primeiro, acima de tudo, o Monte Grappa e depois, claro, a passagem de segunda categoria, Dori”, introduziu o madrileno.
Contador salientou que o Monte Grappa, embora já conhecido do pelotão e escalado em edições anteriores - como em 2024, quando Tadej Pogacar desferiu ali um ataque demolidor - será abordado este ano por uma vertente diferente, igualmente exigente, mas com o topo mais distante da linha de chegada, o que condiciona o seu impacto imediato na classificação.
“O Monte Grappa é uma subida que todos conhecem, são 25 quilómetros a uma pendente elevada, e com o cansaço acumulado nesta fase da corrida, pode ser muito duro. Mas este ano não se faz a parte mais seletiva”, recorda.
Apesar disso, o bicampeão da Volta a Itália identifica a subida a Dori (16 km a 5%) como o verdadeiro ponto de viragem da etapa.
"A passagem mais importante do dia será Dori. Está colocada na parte final da etapa, tem muitas curvas, é uma estrada de alta montanha e surge no momento ideal para testar quem está forte - e também para ver quem está em dificuldade".
Contador sublinha que a dificuldade real da subida não está apenas na média de 5%, mas no encadeamento de rampas mais duras e no facto de surgir após um bloco montanhoso já duro e de longa quilometragem.
"É uma subida com várias zonas a rondar os 7 a 8%, e com as pernas já fatigadas depois do Grappa e de um dia longo, pode fazer muitas diferenças".
O madrileno alerta ainda para o impacto da descida e dos últimos 27 quilómetros até Asiago, que apresentam perfil irregular, com constantes oscilações e pouco terreno plano. Um ciclista que perca contacto no topo de Dori terá sérias dificuldades em minimizar prejuízos.
"Isto não acaba no topo. Se alguém ceder ali, tem de se desenrascar nos últimos 27 quilómetros. Não é uma estrada fácil, há zonas técnicas, e o risco de perder tempo é muito real, especialmente com o segmento do quilómetro Red Bull logo a seguir".
Para Contador, a estratégia de meter homens na fuga do dia pode ser crucial, sobretudo para líderes que antecipem dificuldades no final. Ter apoio nas secções finais pode ser determinante para controlar perdas ou mesmo para lançar movimentos ofensivos.
"Talvez seja interessante colocar gregários na frente para ajudar nesse terreno. Quem fraquejar nesta segunda subida pode deixar mais de um minuto até à meta".
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