Alberto Contador avisa Vingegaard e Almeida do "terreno agressivo" na Galiza: "Se alguém tentar, vai certamente partir a corrida".

A 16ª etapa da Volta a Espanha 2025 marca o início da última semana com um desenho explosivo pelas estradas ondulantes da Galiza. Longe das longas ascensões míticas, o percurso soma quase 3.500 metros de desnível acumulado em sucessivas rampas curtas, íngremes e estradas estreitas, onde a fuga pode triunfar mas onde os homens da geral também terão de estar atentos.

Alberto Contador, em análise para a Eurosport, deixou o aviso: “A 16ª etapa da Volta a Espanha está aqui, uma grande etapa… com muitas subidas, quase 3.500 metros de ascensão. É favorável para a fuga, mas também cuidado com os homens da classificação geral.”

O final em Mos, no Castro de Herville, é o ponto nevrálgico do dia: uma ascensão irregular, classificada de segunda categoria, mas com rampas iniciais violentas. “Há percentagens a dez por cento, e os primeiros 3 quilómetros (correção: 1,7 km) estão acima dos 10%. É um terreno muito agressivo, com um quilómetro a 12 e outro a 13 por cento”, explicou Contador.

Depois dessa abertura explosiva, a subida suaviza para 4-5%, mas já com diferenças feitas se houver ataques decididos. “Se alguém o tentar, vai certamente partir a corrida. Veremos se é seguido… mas é um dia em que haverá certamente diferenças entre os homens da classificação geral”, concluiu El Pistolero.

A etapa decorre inteiramente na Galiza, região de terreno acidentado, sem troços planos. Os primeiros 100 quilómetros poderão ser rápidos e nervosos, com a fuga a formar-se antes da sucessão de muros e subidas de média dificuldade que vão desgastar o pelotão.

O histórico recente deixa marcas: em 2021, uma etapa semelhante na Galiza foi decisiva. Nessa ocasião, Miguel Ángel López abandonou inesperadamente, Jack Haig saltou para o pódio e o Top 10 da geral sofreu reviravoltas dramáticas.

Com Jonas Vingegaard, João Almeida e Jai Hindley separados por menos de dois minutos e nomes como Tom Pidcock, Felix Gall ou Giulio Pellizzari a espreitar o pódio, a 16ª etapa promete ser mais do que um simples dia de transição. A irregularidade das subidas e a ausência de descanso tornam o percurso ideal para emboscadas e para expor ciclistas que cheguem à última semana já fatigados.