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Team Visma | Lease a Bike chega à fase decisiva da
Volta a Espanha 2025 sem parte do arsenal que lhe permitiu controlar a corrida até agora. Depois da queda de Axel Zingle nos primeiros dias, a equipa vê agora
Victor Campenaerts abandonar a prova devido a doença, deixando
Jonas Vingegaard com menos apoio numa luta cada vez mais apertada pela camisola vermelha.
Um pilar fora de combate
Campenaerts foi um dos elementos-chave no sucesso de Vingegaard na Volta a França, mostrando-se não apenas sólido no terreno plano, mas também surpreendentemente eficaz em subidas longas, algo que ampliou o seu valor como gregário. Convencido pelo bom momento, decidiu alinhar também na Vuelta, oferecendo-se para reforçar a equipa na busca pelo triunfo em Madrid.
O belga, no entanto, não chegará à capital. “Estou muito desiludido por não poder ajudar o Jonas a levar a camisola vermelha para Madrid. Antes de adoecer, sentia-me muito bem e consegui fazer o meu trabalho para a equipa. Vou estar a torcer pelo Jonas e pelos rapazes a partir de casa”, declarou o ciclista de 33 anos.
Impacto táctico
A ausência de Campenaerts tem consequências diretas para a gestão da corrida. Embora não fosse um homem para acompanhar Vingegaard nas rampas finais da Bola del Mundo ou do Angliru, a sua presença tinha sido determinante em vários momentos:
- Esteve na fuga das etapas 12 e 14, ajudando a anular cenários perigosos.
- Serviu como ponte estratégica, pronto para lançar ataques do líder ou defender a camisola vermelha.
- Funcionou como tampão contra ofensivas rivais, permitindo à Visma manter energia no bloco principal.
Sem ele, a Visma perde margem para colocar homens nas fugas ou neutralizar movimentos táticos da UAE Team Emirates - XRG, que continua a apresentar maior profundidade coletiva.
Menos um contra a Emirates
A comparação de forças joga, neste momento, a favor da equipa da Emirates. Enquanto João Almeida conta com um bloco numeroso e agressivo, Vingegaard terá de gerir a terceira semana com um grupo reduzido. Isso significa maior desgaste para gregários como Sepp Kuss e Wilco Kelderman, e menos flexibilidade para controlar cenários imprevisíveis.
A última semana promete, portanto, não ser apenas um duelo de pernas entre Almeida e Vingegaard, mas também uma guerra de recursos táticos e capacidade de gestão coletiva.