Alberto Contador espera uma reação da Visma, mas reconhece que o tempo perdido por Vingegaard no CRI foi "um golpe muito duro"

Alberto Contador não escondeu a sua surpresa e desilusão com o desempenho de Jonas Vingegaard no contrarrelógio da quinta etapa da Volta a França 2025. O dinamarquês da Team Visma | Lease a Bike ficou muito aquém das expectativas, perdendo mais de um minuto para Tadej Pogacar e saindo claramente penalizado na luta pela camisola amarela. O ex-campeão do Tour analisou o que poderá ter falhado, sublinhando que este poderá ter sido um dos momentos mais marcantes da edição deste ano.

"Sim, é uma grande desilusão", começou por dizer o espanhol no Eurosport. "A equipa tinha dito que estava confiante de que nesta especialidade, tanto no contrarrelógio de hoje como na cronoescalada, talvez Vingegaard pudesse ser superior a Pogacar. E, depois, como ciclista de longa distância nas últimas etapas, poderia fazer melhor. Mas é claro que deve ser um grande golpe ver que o ciclista não teve o desempenho que devia".

Contador recordou que, há apenas um mês, Vingegaard tinha demonstrado grande superioridade sobre Pogacar no contrarrelógio do Critérium du Dauphiné, o que torna o resultado de Caen ainda mais inesperado. O espanhol, no entanto, acredita que o tempo marcado não reflete a real forma do dinamarquês.

"Penso que o tempo que ele marcou não é o tempo baseado na sua forma", afirmou. "Não é normal que ele não esteja sequer entre os 10 primeiros num contrarrelógio, não é normal que tenha deixado tanto tempo. Não sabemos se mentalmente entrou em colapso ou se teve uma crise de hidratação, nutrição, algo no protocolo que não funcionou bem ou não funcionou bem e é por isso que não esteve ao seu nível".

Contador apelou ainda à resiliência da equipa Visma | Lease a Bike, considerando que o mais importante agora é reagir com frieza e manter o foco nos objetivos definidos.

"Agora o que eles têm de fazer é tentar ser fortes, não perder de vista o objetivo e continuar a trabalhar como têm feito nestes dias, ao milímetro, para evitar cometer erros e tentar fazer com que as outras equipas os cometam. Mas é certamente um golpe muito duro".