Alexander Kristoff persegue a centena de vitórias e já tem sucessor na família a ganhar corridas: "Ainda não lhe ensino muito porque se começar já, ainda me ultrapassa!"

Ciclismo
quinta-feira, 01 maio 2025 a 5:00
alexanderkristoff
A carreira de Alexander Kristoff aproxima-se do fim, mas o apelido Kristoff continuará a fazer parte do pelotão internacional. O veterano norueguês está a disputar a sua última temporada como profissional, mas já prepara simbolicamente a passagem de testemunho: em 2026, o seu meio-irmão Felix Orn-Kristoff, de apenas 19 anos, será promovido à equipa WorldTour da Intermarché–Wanty.
Antes de pendurar a bicicleta, Kristoff traçou um último grande objetivo: alcançar a marca simbólica das 100 vitórias profissionais. Com 97 triunfos até à data, o sprinter norueguês está muito próximo da centena, e parece que a veia vencedora também está presente no irmão, que conquistou esta semana uma etapa na Volta à Bretanha, competição onde curiosamente Aleksander nunca venceu enquanto jovem, apesar de ter somado vários pódios em 2008 e 2009.
"Foi especial ver o meu irmão mais novo a ganhar", comentou ao Cyclingnews. "Nunca venci na Volta à Bretanha, por isso foi bom vê-lo fazer isso. Ainda não lhe ensino muito porque continuo a competir, mas a partir do próximo ano, depois de me retirar, vou ajudá-lo mais. Se começar já, ainda me ultrapassa!"
A pergunta impõe-se: estará a surgir mais um sprinter temível na família Kristoff? "Ele é mais versátil", explica Alexander. "Tem um bom sprint, mas não é um sprinter puro. É mais um ciclista ofensivo, forte em clássicas, capaz de atacar e fazer bons contrarrelógios. Diria que está mais talhado para as clássicas do que eu, com potência para terrenos duros e dinâmicos".
No panorama estatístico, a corrida pela centésima vitória está renhida. Kristoff partilha a marca de 97 com Arnaud Démare, enquanto Tadej Pogacar - com sete vitórias já em 2025 —-soma 95 e aproxima-se rapidamente. Mas o norueguês mantém o foco no seu próprio caminho.
"Esperava vencer aqui na Turquia", referiu, após um início de Volta a Turquia algo atribulado. "Na primeira etapa, estava bem colocado para o sprint, entre os cinco primeiros, mas fui travado por uma queda na última curva. Na segunda, as subidas foram mais duras do que previa, com um ritmo elevadíssimo. Agora estou de olho nas etapas 5, 7 e 8 - que deverão terminar ao sprint".
Com humor, mas sem esconder a ambição, Kristoff admite: "É quase uma obsessão chegar às 100. Quero muito, mas não vou prolongar a carreira só por isso. A minha decisão está tomada: vou até ao fim da época, mesmo que não alcance as cem antes. Treinei bastante para esta temporada, por isso não faria sentido parar a meio - mas posso deixar de vencer".
Quanto à despedida definitiva, ainda não há certezas. "Não sei qual será a minha última corrida. Talvez o critérium de Singapura, mas se ainda estiver atrás das vitórias, talvez tenha de alinhar no Le Tour de Langkawi, no final de setembro", atira com um sorriso.
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