Colegas de Remco Evenepoel assumem parte da culpa pelo mau resultado do campeão olímpico na Liege: "O Remco não ficou zangado, apenas desiludido. E com razão"

Ciclismo
quinta-feira, 01 maio 2025 a 3:30
evenepoel
A prestação de Remco Evenepoel na Liege–Bastogne–Liege ficou muito aquém das expectativas depositadas no campeão olímpico, mas grande parte do insucesso não pode ser atribuída exclusivamente ao belga. Na subida decisiva de La Redoute, Evenepoel desapareceu da frente do grupo e, a partir daí, já não foi possível recuperar o tempo perdido.
"Cometemos um grande erro enquanto equipa. Tivemos um início muito fraco e falhámos completamente no posicionamento. Deveríamos estar na frente naquela fase crítica da corrida, e não estivemos. Isso foi um erro grave", admitiu o líder da Soudal – Quick-Step no final da prova.
Também Mauri Vansevenant, colega de equipa de Evenepoel, concordou com a análise. Em declarações à Sporza, o belga reconheceu as falhas tácticas. "É verdade que estávamos demasiado atrás. A descida antes de La Redoute é sempre um ponto perigoso e, este ano, havia ainda um pelotão numeroso e vento pelas costas. Subir posições nessa zona torna-se quase impossível", explicou. "Não se trata apenas de participar numa corrida de posicionamento. Se não estivermos bem colocados antes, já não há muito a fazer".
Questionado sobre se sentia alguma responsabilidade pelo desfecho da corrida, Vansevenant respondeu com franqueza: "Se tivermos pernas, conseguimos subir na La Redoute. Mas a verdade é que não estávamos na posição ideal. O Remco não ficou zangado, apenas desiludido. E com razão".
A aceleração demolidora de Tadej Pogacar em La Redoute selou praticamente a corrida. Sem ninguém da Soudal – Quick-Step capaz de responder, a luta passou a ser, desde esse momento, pela restante distribuição dos lugares do pódio. "Acho sinceramente que o melhor venceu. Contra Pogacar, não havia muito que pudéssemos fazer", concluiu Vansevenant.
No final, o próprio Vansevenant foi o único elemento da formação belga a concluir a corrida no grupo principal, terminando num discreto 35.º lugar. Para a Soudal – Quick-Step, esta Liege–Bastogne–Liege ficará na memória como uma oportunidade desperdiçada, marcada por uma falha coletiva de posicionamento num dos pontos mais críticos da clássica das Ardenas.
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